Viver em república é superar desafios de convivência

Share

A estudante Lorena Gonzalez (à esquerda), que divide o espaço de uma casa com um grupo de colegas. Foto: arquivo

 

O número de repúblicas e apartamentos compartilhados por estudantes na Vila Mariana, em São Paulo, é grande por conta da proximidade de algumas faculdades como a ESPM e o Centro Universitário Belas Artes. Durante o início e o meio do ano, a procura aumenta devido à quantidade de pessoas que vêm de outras cidades.

O aluguel é uma opção viável, porém tem custo mais elevado do que uma república, sem contar os obstáculos burocráticos como fiador e taxa condominial. Além disso, nem sempre a convivência em repúblicas é fácil. “O mais difícil de morar em república é saber respeitar o espaço do outro e reconhecer até onde posso ir. Afinal, são pessoas diferentes com cultura e costumes distintos”, afirma a estudante Lorena Gonzalez, soteropolitana de 22 anos, que faz pós-graduação em consumo e marketing na ESPM.

A convivência em república precisa ser harmoniosa não só entre os estudantes que compartilham a rotina, mas também com os responsáveis pela casa ou apartamento. É necessário que haja bom senso de ambas as partes para a implantação e o respeito às normas de convivência. E talvez não haja muito segredo para isso. “A maior dificuldade é na organização por conta da falta de maturidade, por inexperiência e pelo fato de os estudantes virem, em sua maioria da casa dos pais, onde há um maior conforto e uma despreocupação com a organização”, afirma Rosa Maria Caricati, proprietária de uma república para meninas na rua Rio Grande.

Ainda de acordo com Rosa, geralmente os jovens chegam com certa inexperiência, por isso algumas regras de convivência devem ser pré-estabelecidas para facilitar a adaptação a sua nova rotina. “Quando você vem da sua cidade, tudo é novo e diferente. Morar sozinho pode ser muito solitário, apesar de ter maior privacidade”, reconhece a estudante Lorena. Além disso, ela avalia ser muito importante a troca de cultura com outras pessoas.

 

Mariana Miranda (1º semestre)