“Quem Mexeu no meu Jornalismo?” é tema de encontro em São Paulo

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“Quem mexeu no meu jornalismo?” Esse foi o tema de discussão do encontro de jornalismo, realizado no teatro da faculdade Cásper Líbero, no dia 7 de Maio. O evento foi organizado em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) e 6 faculdades de comunicação: ESPM–SP, PUC-SP, Mackenzie, Anhembi Morumbi e ECA – USP.

A professora Elisabete Antonioli, coordenadora do curso de Jornalismo da ESPM-SP.

O bate–papo contou com oito profissionais divididos em duas mesas, cada uma com um tema diferente. O tema da primeira mesa era: É possível viver de jornalismo? E contou com a presença de André Deak, produtor de jornalismo digital e professor da ESPM-SP, André Santoro, professor da Universidade Mackenzie, Leonardo Sakamoto, repórter do UOL e professor da PUC-SP e Natália Viana, diretora da Agência Pública de jornalismo, voltada para a produção de jornalismo e ativismo.

Nessa mesa, foi discutido o financiamento da produção e da circulação de notícias e a produção do jornalismo independente. O jornalista André Deak acredita no sucesso dessa prática e destaca que as ideias mais interessantes acontecem fora das redações tradicionais, assim como o professor André Santoro, que também comentou a migração do jornalista para outras áreas da comunicação. Já Natália Viana comentou sobre a função empreendedora do jornalista: “Criar sua própria empresa pode ser uma saída para fazer jornalismo sem ir para o buraco”.

Encontro de jornalismo recebe convidados e debate : “Quem mexeu no meu jornalismo”. Foto: Leticia Teixeira.

Já a segunda palestra, contou com a presença de Bob Fernandes, jornalista da TV Gazeta e do portal Terra Magazine, da jornalista Beth Saad, professora da ECA–USP, o professor e editor da revista Fórum, Renato Rovai, e Rafael Kenski, editor do Grupo Abril. Essa palestra discutiu o deslocamento da atividade do jornalista e as mudanças na narrativa jornalística.

A professora Beth Saad destacou que o jornalismo pós – industrial também pode acontecer nas redações tradicionais desde que ocorra o uma aproximação do fato com o momento em que aconteceu. “O jornalista precisa estar muito próximo da sua audiência que implica na mobilidade nos processos de apuração”.

Segundo o mediador do evento, Guilherme Alpendre, da ABRAJI, o evento atendeu às expectativas e deve ocorrer uma segunda edição no próximo ano.

Letícia Teixeira (1 semestre)