População volta a lotar espaços públicos após fim de restrições

Feira livre de Santa Cecilia aglomeração na barraca dos pastéis, ponto de encontro do Covid 19. Jorge Araujo/Fotos Publicas

Share

Raeesah Salomão (2º semestre)

 

Após o anúncio do fim das restrições de quarentena para 645 municípios do Estado de São Paulo, pelo governador João Doria (PSDB), no dia 17 de agosto, estabelecimentos comerciais puderam voltar a funcionar sem limite de horário ou capacidade de ocupação. O recomendado foi apenas a continuidade do uso obrigatório de máscara e distanciamento social, para evitar aglomerações.

Com a decisão, muitas pessoas voltaram a lotar espaços públicos, dividindo opiniões entre os que acreditam que a pandemia realmente está chegando ao fim, e outros que ainda sentem medo e preferem continuar em suas casas.

Segundo a estudante de Design Gráfico, Fernanda Tarandach, 18, seu maior medo é que o vírus sofra mais mutações, como a variante Delta, e não se sente totalmente segura com a flexibilização: “ainda não me sinto confortável; são lugares fechados e já sabemos que isso contribui para a transmissão do vírus. Sem contar que existem muitas pessoas que ainda não estão imunizadas”.

Já a estudante de jornalismo Beatriz Voltani, 18, não vamos reviver tudo que aconteceu em 2020, mas, sim, entrar em uma nova fase que foca na readaptação do mundo com a covid-19, mais controlada pelas vacinas.

Para a médica Raquel Zeraik, 25, a vacina é o principal motivo para a redução do número de casos e mortes, por isso, é de extrema importância aumentar também o número de vacinados. Segundo Zeraik, a liberação dos espaços públicos é arriscada: “sob o ponto de vista da saúde, acredito que ainda seja arriscado o relaxamento das restrições e fim da quarentena, mas entendo também que o mundo precisa voltar ao ‘normal’ aos poucos”, conclui.

Apesar da queda do número de mortes, casos e internações, os índices ainda são alarmantes. De acordo com dados disponibilizados pelo G1, o Brasil registrou 656 mortes nas últimas 24hrs do último sábado (28), somando 579.052 óbitos desde o início da pandemia.