A Pinacoteca do Estado de São Paulo recebe até 17 de junho a exposição Alberto Giacometti: Coleção da Fondation Alberto et Annette Giacometti, Paris. A mostra possui 280 trabalhos, entre esculturas de tamanhos variados, pinturas, trabalhos sobre o papel, fotografias e documentos. Diretora da fundação e curadora da mostra, a francesa Véronique Wiesinger iniciou um ciclo de palestras em São Paulo, contando o que o público pode ver. Véronique detalhou, em uma das apresentações, a infância e as inspirações iniciais de Giacometti.
Sua aventura começou na Suíça, onde nasceu em 1901, filho do pintor Giovanni Giacometti. Ainda bebê, era tema dos quadros do seu pai. Sua carreira engrenou após a mudança para Paris em 1923, quando saiu da concha do ateliê paterno e enxergou que poderia ter um futuro brilhante pela frente. A primeira influência foi, principalmente, o cubismo, por meio do qual trabalhou muito a ideia de máscaras em suas obras, de faces do seu pai e de sua mãe e de suas amadas e amigas .A escultura africana também inspirou esses trabalhos.
Giacometti também ilustrou muitos livros por conta de sua proximidade com escritores; o enquadramento é explicito em sua obra, resultado de sua admiração por cinema; o artista dizia, também, que a fotografia não dava uma visão da realidade. Em 1945, já maduro, muda o estilo de suas obras, apresentando características minimalistas.
A grande obra da sua vida é um livro chamado “Paris Sem Fim”, no qual mostra sua paixão por Paris, suas ruas, sua atmosfera e sua vida noturna encantadora.
Augusto Siqueira (1º semestre)