Pelo Mundo ESPM – Parque Burle Marx

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Eduardo Fabrício – (2º semestre)

O parque Burle Marx está localizado na Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200 – Vila Andrade, às margens do Rio Pinheiros. Com extensão de aproximadamente 108 mil m². O parque funciona todos os dias das 7h às 19h e conta com diversas áreas de interação e recreação para os visitantes. Próximo ao estacionamento, há o Food Park, uma seleção de food trucks de diversas vertentes gastronômicas, que funciona de sábado e domingo, das 10h às 18h. Ainda há dois estabelecimentos de comida que funcionam durante a semana, horários disponíveis no site oficial do parque.

Para quem gosta de agricultura, pode ser um voluntário da manutenção da horta comunitária do parque, idealizada e coordenada por Mauro Quintanilha. Para se voluntariar, é só mandar um email para o endereço que consta também no site oficial do Burle Marx.

Já para as crianças, há o playground, com brinquedos rústicos, que incentivam a interação entre o grupo. Existem também outras atrações históricas e interessantes dentro do parque:

Casa de Taipa: Instalada no coração do parque, a Casa de taipa de Pilão é um patrimônio datado do século XIX, se constituindo como um dos últimos exemplares remanescentes da chamada produção arquitetônica bandeirista paulista.

O descanso de sala: Obra de 2011 do artista plástico José Spaniol explora a superfície reflexiva de um dos lagos do parque, por meio da implantação de uma estrutura de aço e ferro, que se assemelha ao ambiente de uma residência com seu mobiliário. Olhando para a superfície do lago, os usuários são surpreendidos pelo reflexo de uma sala flutuando entre as copas das árvores. Já mirando para os objetos no meio da clareira, eles se veem invertidos.

Ilhas Flutuantes: As ilhas são feitas de material reciclável e abrigam plantas nativas fitorremediadoras que atuam como purificadoras da água do lago e, recentemente, serviram como novo ponto de descanso para as tartarugas.

Falando em tartarugas, a fauna do Burle Marx é muito grande para um parque no meio urbano, os visitantes podem se deparar com os mais diversos animais, desde as tartarugas das ilhas flutuantes, até os saguis super amigáveis que sempre aparecem.

A flora também é extensa e diversa, pode ser observada por toda a extensão do parque e conta com um recurso interessante e interativo para os visitantes. Há nas árvores, uma placa com QR Code, que quando scaneado, mostra informações sobre a árvore e fornece o mapa botânico do Burle Marx.

Na década de 1940, o empresário Francisco Matarazzo Pignatari (Baby Pignatari) adquiriu a propriedade da antiga Chácara Tangará, na atual região do bairro Panamby, com o intuito de construir uma residência para si e sua esposa Nelita Alves Lima. O terreno de aproximadamente 15ha localizado na região Oeste da cidade de São Paulo, às margens do rio Pinheiros, possuía o caráter de chácara urbana sendo também identificada como uma das poucas áreas remanescentes de vegetação nativa da mata atlântica da cidade.

Baby então contratou o arquiteto paisagista Roberto Burle Marx para projetar e executar o jardim da casa, sendo esta no caso, de autoria de Oscar Niemeyer. No decorrer do processo, o casamento com Nelita foi cancelado e as obras interrompidas por tempo indeterminado. Em 1991, a residência de Niemeyer foi demolida na época dando lugar a um complexo de hotel de caráter neoclássico, hoje conhecido como Hotel Palácio Tangará.

Por fim, coube ao escritório KRAF – coordenado pela arquiteta paisagista Rosa Kliass – a elaboração do projeto do parque em si entre, 1990 e 1993, articulando o jardim já implantado por Burle Marx com as áreas de reserva ambiental, caminhos de pedestres, áreas contemplativas e de lazer, transformando-o, portanto, em um parque municipal público como hoje é conhecido sendo inaugurado à população em 1995.