Eugenie Marcillac – (Intercambista)
Julie Lara – (1º semestre)
Pietro Ceccato – (1º semestre)
Localizado no bairro do Ipiranga em SP, o Museu do Ipiranga, ou Museu Paulista, começou a ser construído em 1884, para homenagear o local em que ocorreu o histórico evento da Independência do Brasil, enfatizando, principalmente, a história de São Paulo. Foi criado devido a importância do local que enfatiza a cultura nacional da origem do Brasil como um país independente, “livre” do domínio de Portugal. Ele tem 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade. A construção demorou 6 anos e teve como arquiteto responsável Tommaso Gaudenzio Bezzi. O estilo arquitetônico e eclético foi baseado no de um palácio renascentista. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época
Possui um acervo de cerca de 150 mil itens, incluindo coleções de objetos, móveis e obras de arte com relevância histórica, especialmente as relacionadas ao período que abrange a Independência do Brasil. Uma reorganização do acervo foi instituída em 1922 por Afonso d’Escragnolle Taunay na época do Centenário da Independência do Brasil, com ênfase especial na história do estado de São Paulo. Pinturas e esculturas relacionadas à história do Brasil foram instaladas no saguão, na grande escadaria e no Grande Salão.
Acredita-se popularmente que D.Pedro morou no prédio, quando, na verdade, D. Pedro nem chegou a ver a construção finalizada, já que faleceu 61 anos antes da abertura do Museu. O museu foi aberto ao público no dia 7 de setembro de 1895 e o primeiro acervo veio da coleção do Coronel Joaquim Sertório, que possuía uma coleção particular. Inicialmente seu acervo era de história natural e a partir de 1922, centenário da independência e durante a direção de Afonso de Taunay o local tornou-se um museu de história brasileira, intensificando seu caráter histórico, com elementos da política do Brasil .Sérgio Buarque de Holanda sucedeu Taunay, incluindo três de suas coleções particulares ao museu. Além disso, há algumas obras artísticas, como esculturas e pinturas. Sua obra mais famosa é a obra de Pedro Américo, “Independência ou Morte”. Entretanto, a cena criada por Américo não existiu e foi inspirada no quadro francês Batalha de Friedland. A historiadora, doutora em História Social e professora da USP, Cecília Helena de Salles Oliveira, diz “Pedro Américo imortalizou uma cena que ninguém viu”. Segundo ela, o pintor preencheu a história: “D. Pedro I viajava com uma comitiva muito pequena e foi necessário adicionar uma guarda enorme à cena. Os cavalos, todos puro-sangue, nem existiam no Brasil, nesta época. O artista se justificou, dizendo que ‘o pintor não pode ser escravizado pela realidade’ e, na verdade, foi a fantasia que acabou determinando a realidade, porque os uniformes usados pela cavalaria, no quadro, acabaram inspirando o usado pelos Dragões da Independência até os dias atuais”.
Em 1963 o museu foi integrado à Universidade de São Paulo, sendo um histórico local tombado pela universidade.
Os jardins do museu foram projetados no século 20 e inaugurados no ano de 1909, inspirados nos jardins do Palácio de Versailles, que foi sede da monarquia francesa. Este desenho de jardim foi substituído, provavelmente na década de 1920, pelo paisagismo do alemão Reinaldo Dierberger, desenho que se mantém, em sua maior parte, até os dias atuais.
O museu está fechado para reformas desde 2013 e vai restaurar nove quadros que estão no Salão Nobre da instituição, espaço que é lembrado por abrigar telas famosas, como o quadro “Independência ou morte” citado anteriormente, cujo restauro foi realizado no próprio salão, no primeiro semestre do ano passado.
Os quadros que passarão pelo restauro são:
– Príncipe Regente Dom Pedro e Jorge de Avilez a Bordo da Fragata União (1922), de Oscar Pereira da Silva
– Retrato de José Bonifácio de Andrada e Silva (1922), de Oscar Pereira da Silva
– Retrato de Dona Leopoldina de Habsburgo e seus filhos (1921), de Domenico Failutti
– Retrato de Joaquim Gonçalves Ledo (1925), de Oscar Pereira da Silva
– Retrato de D. Pedro I (1925), de Oscar Pereira da Silva
– Retrato de José Clemente Pereira (1925), de Oscar Pereira da Silva
– Retrato de Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1920), de Domenico Failutti
– Retrato do Padre Diogo Antônio Feijó (1925), de Oscar Pereira da Silva
– Sessão das Cortes de Lisboa (1922), de Oscar Pereira da Silva
O museu irá reabrir no dia 7 de Setembro de 2022, no bicentenário da Independência, depois de 9 anos de reforma e e após 127 anos de construção.
Autour du monde ESPM – Museu Paulista
Eugenie Marcillac – (Intercambista)
Julie Lara – (1º semestre)
Pietro Ceccato – (1º semestre)
Situé dans le quartier d’Ipiranga à SP, le Museu do Ipiranga, ou Musée Paulista, a commencé à être construit en 1884, pour rendre hommage au lieu où s’est produit l’événement historique de l’indépendance du Brésil, en mettant principalement l’accent sur l’histoire de São Paulo. Il a été créé en raison de l’importance du site qui souligne la culture nationale de l’origine du Brésil en tant que pays indépendant, “libre” de la domination du Portugal. Il mesure 123 mètres de long et 16 mètres de profondeur. La construction a duré 6 ans et l’architecte responsable était Tommaso Gaudenzio Bezzi. Le style architectural et éclectique s’inspire de celui d’un palais de la Renaissance. La technique utilisée était essentiellement la maçonnerie de briques en céramique, une nouveauté pour l’époque.
Il possède une collection d’environ 150 000 pièces, dont des collections d’objets, de meubles et d’œuvres d’art présentant un intérêt historique, en particulier celles liées à la période qui couvre l’indépendance du Brésil. Une réorganisation de la collection a été instituée en 1922 par Afonso d’Escragnolle Taunay à l’occasion du centenaire de l’indépendance du Brésil, avec un accent particulier sur l’histoire de l’État de São Paulo. Des peintures et des sculptures liées à l’histoire du Brésil ont été installées dans le hall, le grand escalier et le grand hall.
La croyance populaire veut que D. Pedro ait vécu dans le bâtiment, alors qu’en fait, D. Pedro n’a même pas vu la construction terminée, puisqu’il est mort 61 ans avant l’ouverture du musée. Le musée a ouvert au public le 7 septembre 1895 et la première collection provenait de la collection privée du colonel Joaquim Sertório. Initialement, sa collection était d’histoire naturelle et à partir de 1922, centenaire de l’indépendance et sous la direction d’Afonso de Taunay, le lieu est devenu un musée d’histoire du Brésil, intensifiant son caractère historique, avec des éléments de politique brésilienne. Sérgio Buarque de Holanda a succédé à Taunay, incluant trois de ses collections privées au musée. En outre, il existe des œuvres artistiques, telles que des sculptures et des peintures. Son œuvre la plus célèbre est “Independência ou Morte” (Indépendance ou Mort) de Pedro Americo. Cependant, la scène créée par Américo n’a pas existé et a été inspirée par le tableau français La bataille de Friedland. L’historienne Cecília Helena de Salles Oliveira, docteur en histoire sociale et professeur à l’USP, affirme que “Pedro Americo a immortalisé une scène que personne n’a vue”. Selon elle, le peintre a complété l’histoire : “D. Pedro, je voyageais avec une très petite suite et il était nécessaire d’ajouter un énorme garde à la scène. Les chevaux, tous pur-sang, n’existaient même pas au Brésil à cette époque. L’artiste s’est justifié en disant que “le peintre ne peut pas être asservi par la réalité” et, en fait, c’est la fantaisie qui a fini par déterminer la réalité, car les uniformes portés par la cavalerie, dans le tableau, ont fini par inspirer les uniformes portés par les Independence Dragoons jusqu’à aujourd’hui”.
En 1963, le musée a été intégré à l’université de São Paulo, étant un site historique classé par l’université.
Les jardins du musée ont été conçus au XXe siècle et inaugurés en 1909, en s’inspirant des jardins du château de Versailles, siège de la monarchie française. Cette conception de jardin a été remplacée, probablement dans les années 1920, par l’aménagement paysager de l’Allemand Reinaldo Dierberger, une conception qui demeure, pour l’essentiel, jusqu’à aujourd’hui.
Le musée est fermé pour rénovation depuis 2013 et restaurera neuf tableaux qui se trouvent dans le Grand Hall de l’institution, un espace dont on se souvient qu’il a abrité des toiles célèbres, comme le tableau susmentionné “L’indépendance ou la mort”, dont la restauration a été effectuée dans le hall même, au premier semestre de l’année dernière.
Les tableaux qui seront restaurés sont les suivants :
– Le Prince Régent Dom Pedro et Jorge de Avilez à bord du Fragata União (1922), par Oscar Pereira da Silva
– Portrait de José Bonifácio de Andrada e Silva (1922), par Oscar Pereira da Silva
– Portrait de Dona Leopoldina de Habsburg et de ses enfants (1921), par Domenico Failutti
– Portrait de Joaquim Gonçalves Ledo (1925), par Oscar Pereira da Silva
– Portrait de Pedro Ier (1925), par Oscar Pereira da Silva
– Portrait de José Clemente Pereira (1925), par Oscar Pereira da Silva
– Portrait de Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1920), par Domenico Failutti
– Portrait du père Diogo Antônio Feijó (1925), par Oscar Pereira da Silva
– Session des Cortès de Lisbonne (1922), par Oscar Pereira da Silva
Le musée rouvrira ses portes le 7 septembre 2022, à l’occasion du bicentenaire de l’indépendance, après 9 ans de rénovation et 127 ans de construction.