Pelo Mundo ESPM – Frida Kahlo

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Analu Rigatto – (4º semestre)

Frida Kahlo  foi uma pintora mexicana conhecida por seus autorretratos de inspiração surrealista e também por suas fotografias.

Frida Kahlo, nome artístico de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, nasceu na vila de Coyoacán, no México, no dia 6 de julho de 1907. Filha de pai alemão e mãe espanhola desde pequena teve uma saúde debilitada. Com seis anos contraiu poliomielite que lhe deixou uma sequela no pé. Com 18 anos, sofreu um grave acidente de ônibus que a deixou um longo período no hospital.

Apesar de deprimida e incapacitada de andar, Frida passou a pintar sua imagem, com um espelho pendurado na sua frente e um cavalete adaptado para que pudesse pintar deitada.

Dizia: “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”. Sua primeira pintura foi “Autorretrato em um Vestido de Veludo”, dedicado a Alejandro Gómez Arias, seu ex-noivo.

Recuperada, Frida passa a estudar desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Em 1928, filiou-se ao Partido Comunista Mexicano, onde conheceu Diego Rivera, um importante pintor do “Muralismo Mexicano”.

Em 1929, com 22 anos, Frida Kahlo casa-se com o Diego Rivera e vão morar na “Casa Azul”, onde Frida nasceu. Em 1930, Frida engravida, mas sofre um aborto espontâneo. Nesse mesmo ano, foi com o marido para os Estados Unidos, onde ele realizava exposições. Moraram nas cidades de Detroit, São Francisco e Nova Iorque. Nesse período, sofre um segundo aborto. Dedica à pintura, realiza um grande número de autorretratos – de inspiração surrealista, apesar de negar dizendo: “Nunca pintei sonhos e sim minha própria realidade”. Ficou nos Estados Unidos até 1934. São dessa época, as telas:

Retorno ao México

Em 1934, o casal retorna ao México. Frida sofre mais um aborto. Nessa época, tem os dedos do pé direito amputados. Em 1935, Frida e Rivera se separam. Rivera se relaciona com a irmã de Frida, Cristina. Logo depois, Frida e Rivera voltam a viver juntos. Em 1936, Frida passa por nova cirurgia no pé e, sofre com fortes dores na coluna. Mesmo debilitada, continua pintando. É dessa época:

Em 1937, Frida conhece Leon Trotski, que se refugiou em sua casa em Coyoacán, no México, junto com sua esposa Natália Sedova. Em 1939, Frida e Rivera se separam definitivamente e, Frida declarou: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o ônibus e você. Você sem dúvida foi o pior deles”. Em 1939, já separada do marido, Frida expõe em Nova Iorque e em Paris. Nessa época, entra em contato com Pablo Picasso e Wassily Kandinsky. O Museu do Louvre adquire um de seus autorretratos.

Apesar de passar por diversas cirurgias e usar um colete de gesso em consequência do acidente, Frida não parava de pintar. Sua obra recebia influência da arte indígena mexicana. Pintava paisagens mortas e cenas imaginárias. Usava cores fortes e vivas, explorando principalmente os autorretratos. Frida Kahlo era também aficionada por fotografia, hábito que herdou de seu pai e do seu avô materno, ambos, fotógrafos profissionais.

Frida Kahlo lecionou artes na Escola Nacional de Pintura e Escultura, recém-fundada na cidade do México. Foi uma defensora dos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo. Em agosto de 1953, Frida tem uma perna amputada na altura do joelho devido a uma gangrena. Com esse sofrimento, Frida escreveu em seu diário: “Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo querendo me matar”.

Deprimida, viveu os últimos anos de sua vida na Casa Azul, no México, que em 1958, passou a abrigar um museu em homenagem à pintora.

Frida Kahlo faleceu em Coyoacán, no México, no dia 13 de julho de 1954.