Pelo Mundo ESPM – Annie Leibovitz

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Arthur Flavio – (2º semestre)

A sociedade humana é viciada em celebridades. Deste crianças a adultos, todos adoram saber o que os famosos estão fazendo com suas vidas. A cultura da exposição e da imagem midiatizada se tornou parte do imaginário coletivo de grande parte da sociedade moderna. Por que isso acontece? Eu não saberia responder. Só sei que se você for uma celebridade, tudo o que você quer e ter sua foto tirada por Annie Leibovitz. A fotografa foi, e ainda é, responsável por algumas das fotos de celebridades mais famosas já tiradas na história. Mas vamos começar do começo.

Anna-Lou Leibovitz nasceu nos estados unidos em 1949, na cidade de Waterbury. Ela e seus 5 irmãos, viveram uma vida humilde junto de seu pai, que era um tenente da aviação militar e sua mãe, uma instrutora de dança. Com 18 anos, se matriculou no instituto de Arte de São Francisco, com a intenção de se tornar uma pintora. Mas após fazer um curso noturno de fotografia, se apaixonou pela arte e decidiu segui-la como profissão.

Seu primeiro trabalho foi 3 anos depois, quando foi contratada pela, na época, noviça revista de música Rolling Stones. Annie se destacou no trabalho e depois de apenas 3 anos já era fotografa chefe da revista. Um título que ele manteria pela próxima década.

Essa posição no trabalho deram a Annie a oportunidade de acompanhar a banda Rolling Stones na turnê de 75, o que não foi bom para a fotografa que acabou com um vício em cocaína e demoraria 5 anos para ficar limpa novamente. Mas as fotos tiradas da turnê fizeram sucesso.

Ainda trabalhando para a revista Annie desenvolveu sua marca registrada, que envolve tirar fotos com cores primarias e em posses ousadas e ganhou crédito por fotografar inúmeras capas de colecionador da revista. Exemplo disso é a foto tirada em 1980, onde vemos John Lennon, ex-Beatles, nu e completamente agarrado em sua esposa, Yoko Ono, completamente vestida. A foto, além de revelar as nuncias do relacionamento dos artistas também foi tirada algumas horas antes do assassinato de John, o que torna ela inestimável para a história da música britânica.

Em 83, Annie deixa a Rolling Stones e começa a trabalhar para a Vanity Fair, outra revista. Essa mudança permitiu que Annie fotografasse uma diversidade maior de pessoas que iam de presidentes a ícones literários. Mas seu trabalho na Vanity foi realmente marcado por fotos ousada e muitas vezes controversas de celebridades. Exemplos são: Demi Moore, pousou seminua enquanto gravida, Sylvester Stalone, nu também só que agora fazendo referência a estatua “O Pensador” e por fim o artista Keith Haring que cobriu um quarto com suas pinturas depois o próprio corpo e saiu pelas ruas de Nova York sendo fotografado por Annie.

No começo dos anos 90, Annie teve mais de 200 fotos expostas na galeria nacional de retratos de Washington DC. Ela foi a primeira mulher a conseguir esse feito e publicou um livro com as fotos que foram expostas. Em 96, foi a fotografa oficial das olimpíadas de verão dos Estados Unidos, em Atlanta. Essa experiencia fez com que publicasse outro livro, mas desta vez com fotografias em preto e branco das olimpíadas.

Na virada da década lançou uma de suas mais importantes contribuições para o mundo da fotografia, o Livro Mulher de 1999. Nele Leibovitz fotograva todos os tipos de mulheres do EUA, desde juízas do supremo tribunal federal a mineradoras de Carvão, tudo isso acompanhado de um ensaio literário da renomada escritora e parceira de Annie Susan Sontag.

O relacionamento de leibovitz e Sontag durou mais de 15 anos e só foi interrompido em 2004, quando Susan faleceu de Leucemia. Hoje, Annie vive com suas 3 filhas e continua fotografando para a Vanity Fair e seu trabalho mais recente foi fotografando os atores da franquia Star Wars.