Para estrangeiros, o Brasil é um país de oportunidades. Veja infográfico.

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A imagem positiva do Brasil no cenário econômico internacional tem atraído cada vez mais estrangeiros, que consideram o país uma terra de oportunidades.  Considerado um dos vinte países mais ricos do mundo, a partir de sua estabilização econômica no começo dos anos 2000, o Brasil é também um dos que mais crescem no mundo, junto de seus companheiros do “grupo” Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

A mexicana Violeta Flores, que morou por dois meses em São Paulo e trabalhou numa ONG, acha que o Brasil tem uma grande economia, e por isso é um “bom país para se deslanchar profissionalmente”. A cabeleireira Joaida Revello, peruana, opina que o Brasil é um país com muitas oportunidades de emprego: “Nunca trabalhei no Peru e aqui adquiri toda a minha experiência profissional”. Já o professor chileno de Ciências Políticas da ESPM, Jorge Montecinos, acredita que o país é maravilhoso e concede grandes oportunidades: “quando essa oportunidade pinta (sic) você tem que alcança-la”, comenta o professor.

Todos os entrevistados têm coisas em comum. Eles sentem falta de sua família e de seus respectivos países de origem; alguns tiverem problemas em aprender o idioma, ao entrar no mercado de trabalho, mas consideram-no mais amplo em relação ao de seus países; as profissões que assumem ao chegar aqui são bem diferentes das que praticavam em casa. “No começo eu trabalhei de cobrador e motorista de ônibus, taxista, e como pequeno comerciante, aí fui subindo, conseguindo uma vida melhor”, conta o português Martinho Pinto, 72, dono de uma padaria na Vila Mariana.

Circunstâncias

Esses estrangeiros migraram por circunstâncias diferentes. Martinho saiu de Portugal por causa das guerras de independência das colônias de seu país, Luanda e Moçambique. “Muitos jovens iam para lá (guerras) e ficavam, morriam em combate. Eu não queria isso para mim. Aí, antes de qualquer coisa, eu vim para cá. Tenho amigos que morreram lá, era uma vida muito sacrificada. Aqui no Brasil é uma maravilha, tirando as coisas ruins”, avalia o comerciante.

Montechino conta que foi preso e expulso do Chile pela Ditadura, e ficou exilado na França. “Conheci na França o que é ser estrangeiro, conseguir emprego e estudar. Depois da França, como não me autorizavam a voltar para o Chile, vim morar no Brasil. Os amigos brasileiros me estenderam, generosamente, sua mão e abriram seu coração para mim”, conta.

Joaida Revello se mudou para o Brasil jovem, procurando melhores condições de vida, e no começo sofreu com a falta de visto de permanência ou trabalho. “Cheguei aqui com o visto de turista de três messes, por isso foi difícil achar trabalho. Fiquei ilegal até conseguir a anistia e assim regulamentar meus papeis”. Para Violeta, as maiores dificuldades ao desembarcar em São Paulo foram “aprender a andar de ônibus e metrô”.

São Paulo se tornou uma cidade industrializada no começo do século XX com o apoio de imigrantes vindos, principalmente, da Itália.  Desde então ela atrai migrantes de diversas regiões brasileiras e imigrantes de diferentes partes do mundo (inclusive refugiados).

Atualmente a cidade recebe 46% dos 207 mil profissionais estrangeiros que conseguem obter documento (visto) para trabalhar no Brasil, conforme reportagem publicada no site G1. Os bolivianos lideram o ranking da Folha de estrangeiros que solicitam emissão de carteira de trabalho, seguidos pelos peruanos e paraguaios.

No Brasil moram cerca de um milhão de imigrantes, sendo 940 mil deles permanentes, a maioria de nacionalidade portuguesa, de acordo com site O Estrangeiro.

 

Infográfico: Conheça a trajetória do professor Jorge Montecinos

Infográfico produzido no portal Easel.ly por Naíla Almeida.

Naíla Almeida (1º semestre)

1 Comment

Adélia Thiago de Almeida 19 de setembro de 2013 - 19:43

pelo infográfico. Beijos da tia
Adélia

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