Por Mateus Lemos
GhostWriters são escritores fantasmas que contribuem na escrita de best-sellers, discursos políticos, mas não levam crédito por isso. O fato de não levarem o crédito, no entanto, não descredencia o trabalho dos ghosts, que são bem conhecidos e bastante procurados.
É também uma profissão que se encarrega de fazer tarefas, serviços e trabalhos acadêmicos sem a identificação do autor. Ou seja, o escritor recebe sua encomenda, é pago pelo trabalho e, logo após finalizar o seu trabalho, não dá pistas de quem ele é.
Segundo Viviane, profissional da área, uma pessoa não precisa ser reconhecida para ser boa escritora. “Levar meu nome, para mim, não faz diferença, o que importa é continuar trabalhando”, explicou. Ela ainda afirmou que, com essa profissão, tornou-se mais atenciosa com seus filhos por poder trabalhar em casa.
De acordo com a escritora, a remuneração pelo trabalho varia e não tem preço definido. “Como eu disse, depende do trabalho, porque já cobrei de R$ 30,00 a R$ 10.000,00”. “Eu já escrevi até carta para namorado”, disse.
Outra ghostwriter, que não quis se identificar, afirmou também não se sentir frustrada por exercer a profissão, porque, segundo ela, o que leva em consideração é o reconhecimento do trabalho, mesmo que anonimamente, e a remuneração. “Não me importo em não ser reconhecida, sou bem resolvida quanto a isso”, disse.
Para ela, há uma concorrência entre esses “fantasmas escritores” e os preços variam de profissional para profissional, embora ressalte existir aqueles que desvalorizam seu trabalho para eliminar os concorrentes. “A concorrência funciona nos que baixam o valor, desvalorizando, assim, o trabalho da maioria”, diz.