Memórias do Fotojornalismo – Sergey Ponomarev

FILE -- Migrants are escorted by riot police to a registration camp outside Dobova, Slovenia, Oct. 22, 2015. Mauricio Lima, Sergey Ponomarev, Tyler Hicks and Daniel Etter of The New York Times won the 2016 Pulitzer Prize for what the Pulitzer committee said were photographs that captured the resolve of refugees, the perils of their journeys and the struggle of host countries to take them in. (Sergey Ponomarev/The New York Times)

Share

Ana Carolina Machado – André Cirri – Gabriella Lodi – Julia Etrusco – 2º semestre

Sergey Ponomarev é um fotojornalista, freelancer, nascido no ano de 1980, em Moscou, Rússia e formado na faculdade Moscow State University e Academy of Labor and Social Relation. Antes de se tornar um fotógrafo independente e contribuinte do New York Times, Sergey trabalhou, de 2003 até 2012, para a Associated Press. De acordo com o fotógrafo, ele decidiu abandonar a agência uma vez que não se sentia desafiado pelos trabalhos, os quais era designado, chegando a nem mesmo editar suas próprias fotos.

Nesse sentido, Sergey Ponomarev, iniciou sua carreira como freelancer focando, nos conflitos que acontecem no leste europeu, principalmente, no cotidiano da Rússia . Contudo, o fotógrafo sempre se interessou pelos embates no Oriente Médio, tendo feito cobertura de conflitos na Faixa de Gaza, Líbano, Síria, entre outros. Em 2015 Sergey começou a cobrir a crise imigratória européia de refugiados, majoritariamente, da Síria e do continente Africano, para o norte e para o sul da Europa.

Sergey ganhou o prêmio Pulitzer de reportagem fotográfica, prêmio World Press Photo de Notícias Gerais, Medalha de ouro Robert Capa de coragem e iniciativa, por reportar a “Operação Fatah”, e foi eleito fotógrafo do ano pela PX3 Prix de La Photographie Paris.

O fotógrafo planeja, no futuro de sua carreira, aprofundar mais no cotidiano de refugiados e registrar os acontecimentos da segunda crise imigratória. De acordo com Ponomarev, ele não encontrou grandes dificuldades técnicas nas coberturas feitas, principalmente por seu método minimalista de trabalho, em que carrega poucas lentes e busca trabalhar com luz natural do ambiente. Entretanto, encontrou barreiras físicas e emocionais desgastantes. Sergey ainda afirma que realizar cobertura de conflitos atualmente representa um risco maior que no passado, uma vez que os combates são feitos de forma indiscriminada, contra qualquer pessoa que esteja no campo oposto.