Memórias do Fotojornalismo – Sebastião Salgado

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Chloe Marie Dubois e Maria Luiza Baccarin – 4º semestre

Sebastião Salgado é um fotojornalista brasileiro nascido na cidade de Aimorés, em Minas Gerais, em 1944. Ele se formou na Universidade do Espírito Santo em 1968 e fez doutorado na área na Université de Paris. Conhecido por sua fotografia em preto e branco, Salgado já fotografa a mais de quatro décadas, após deixar a profissão como economista.

Ele deixou o Brasil no ano de 1969 por conta da ditadura militar e passou uma década fora. Foi durante uma viagem para a África que iniciou a profissão de fotógrafo, após fazer um projeto sobre a cultura do café em Angola.

A partir de 1974, Salgado se muda para Paris e lá trabalha como free-lance para as agências Sygma, Gamma e Magnum.  Em 1981, documentou o atentado sofrido pelo então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, que levou um tiro de John Hinckley Jr, para o New York Times, o que lhe rendeu destaque internacional.

Em 1980 publicou “Sahel: o homem em agonia”, que aborda as consequências da seca na região do Deserto do Saara. Entre as fotos mais conhecidas, está a de uma mulher desnutrida que espera sua vez de ser atendida em um hospital.

Em 1986, publicou o livro “Outras Américas”, que conta a vida dos camponeses latino-americanos. Entre os países registrados estão Brasil, México, Guatemala e Equador.

Em 1993, foi lançado “Trabalhadores: uma arqueologia industrial”, livro que traz fotos do trabalho manual realizado pelo homem. Ao abordar esse tema, Salgado retrata como essa realidade mudou com a vinda das máquinas, que muitas vezes substituem o ser humano.

Em “Terra”, de 1997, o fotógrafo trata da questão agrária brasileira. As fotos tiradas entre 1980 e 1996 mostram a condição de vida dos grupos marginalizados pela sociedade, como os sem-terra, os mendigos e as crianças de rua.

Em 2000, foi publicado o livro “Êxodos”, projeto realizado ao longo de seis anos em 40 países. De acordo com Salgado, o livro conta a “história da humanidade em trânsito”.

Gênesis”, de 2013, é o livro que mostra a natureza em seu estado original. A ideia do fotojornalista era fazer uma homenagem a parte do planeta que permanece virgem, que não sofreu com a influência do homem.

Sebastião Salgado é um fotógrafo que recebeu diversos prêmios e entre eles encontram-se o “Fotografia Humanitária” (1982) e o “Unesco para Iniciativas Bem-Sucedidas” (1999).