Led Zeppelin Experience traz mais rock’n’roll para o Brasil

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Banda cover se apresenta em vários lugares, como no bar Manifesto, em São Paulo – Foto: Valentina Boratto 

Valentina Boratto (1º Semestre)

O Led Zeppelin Experience Brazil vem conquistando antigos e novos fãs de rock’n’roll pelo país. A banda, cover do grupo Led Zeppelin – formado em Londres, em 1968 –, se inspira na original e busca incrementar a cena do rock nacional.

“Existem vários covers de Led, mas nós sentíamos falta dos solos e das maluquices. Nosso objetivo é reproduzir o que eles faziam no palco, como o figurino e as loucuras do ao vivo”, diz o vocalista Ícaro Gatti.

A formação do grupo foi pensada e liderada pelo guitarrista Diego Amorim, cujo sonho era encontrar quem pudesse representar cada artista da banda original. No terceiro ensaio, o quarteto já tocava trinta músicas do Led Zeppelin.

Gatti, que traz a nova voz do cantor Robert Plant, imita seus passos desde pequeno. “Comecei a cantar com 13 anos, porque a minha diversão quando eu chegava da escola era imitar o Robert Plant. Comecei a cantar por causa dele… Então, quando eu vi um vídeo deles tocando ‘Since I’ve been loving you’, eu pensei: ‘Eles tocam o Led do jeito que eu acho que deve ser tocado’”, conta.

Turnês e instrumentos – O quarteto, que já se apresenta em diferentes estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, faz uso de diferentes instrumentos durante os shows. Alguns deles são: bandolim, gaita, teremim e violino. Vitor Munhoz, baixista, também toca teclado como John Paul Jones, da banda original. Já o vocalista toca gaita como Robert Plant. “Tentamos incorporar instrumentos diferentes, como fazia a própria banda, para não ficar naquela mesmice”, explica Gatti.

Figurino – Outro diferencial do grupo cover é o vestuário. Garimpando em brechós e sites de roupas de segunda mão, eles usam peças parecidas com as que o próprio Led Zeppelin usava. “Começamos a recriar figurinos. Combinamos às vezes de se vestir igual a determinado show [do Led Zeppelin] e cada um corre atrás das roupas”, diz o baterista Kique Rodrigues.

Os quatro instrumentistas consideram o figurino essencial para o público ter também um show visual. Depois que começaram a fazer cover, inclusive, eles incorporaram as roupas das estrelas do rock também no dia a dia. “Isso traz a experiência da banda para a vida real. Então quando alguém olhar, vai pensar: aqueles são os caras do Led”, afirma o vocalista.


As roupas utilizadas nas apresentações e no dia a dia são uma preocupação da banda cover – Foto: Valentina Boratto 

Músicas – Rodrigues conta que acaba sendo necessário tocar alguns hits durante os shows para agradar a plateia, mas dependendo do lugar e do público é possível dar uma variada na “set list”. Às vezes, por exemplo, a banda faz uma sessão acústica, tocando músicas como “Going to California” e “No Quarter”.

“Tem aqueles dez hits que não saem do show nunca. Mas se pedem alguma, nós tocamos”, acrescenta Rodrigues.

Futuro – “Improvisamos bastante também, inclusive no teremim. Isso dá uma ponte de jam e para pensar em coisas novas”. É assim que o baixista Vitor Munhoz se refere à maneira como a banda procura inovar. Por enquanto, o foco é aumentar o próprio reconhecimento como cover do Led Zeppelin, no Brasil e no exterior. Porém, um sonho futuro é produzir músicas autorais.

“De modo geral, o Led é onde nos encontramos como músicos. Então, crescer como Led, até internacionalmente, e futuramente se tornar uma banda com apenas músicas autorais seria uma coisa natural”, afirma Gatti.

Curiosidades – Para os músicos, o melhor álbum dos roqueiros londrinos é “Physical Graffiti”, o sexto de sua discografia. Já Gatti considera que o segundo álbum – “Led Zeppelin II” – é o que melhor traduz a banda. “Tem todas as influências, um pouco de tudo. Mostra a extensão do repertório e a variedade musical do Led Zeppelin. Que é o que faz do Led, o Led”.

#ParaTodosVerem: Na primeira foto, o vocalista Ícaro Gatti e o guitarrista Diego Amorim aparecem em primeiro plano, à esquerda e à direita, respectivamente; ao fundo, vê-se o baixista Vitor Munhoz e o baterista Kique Rodrigues, seguindo a mesma ordem. Na segunda foto, os quatro músicos agradecem ao público de braços dados.

1 Comment

Valéria Carvalho 3 de maio de 2023 - 09:43

A voz do Ícaro Gatti é a que mais se aproxima de Robert Plant de todos covers que já ouvi. Essa banda conquista admiradores por onde passa. Sou super fã

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