A menos de 127 dias para os Jogos Olímpicos, o Brasil se prepara para ser palco do Rio 2016, entre os dias 5 e 21 de agosto. O Rio de Janeiro contará com 42 modalidades e uma delas é o nado sincronizado, que conta com a presença da atleta Lara Teixeira, desde os 8 anos treinando na modalidade.
Vinte anos depois, hoje, com 28, é destaque no esporte e possui muitas conquistas como Ouro (dueto e conjunto) nos Jogos Sul-americanos de Medellín 2010, Campeã (conjunto) do Aberto da Alemanha, Campeã (dueto) do Aberto do Canadá (09).
O Portal de Jornalismo da ESPM-SP falou com a atleta que disse sobre as expectativas de medalha em 2016. “Nós treinamos sempre pra ganhar medalha, para ganhar o ouro, nenhum atleta treina para perder, mas nossa expectativa é fazer história com nado sincronizado nos jogos olímpicos, é a primeira vez que a equipe vai competir e a gente não quer só participar mas a gente quer estar na final olímpica, representado e marcando muito a competição e a representação do Brasil, nossa medalha vai ser entrar entre os seis melhores do mundo”.
Segundo Lara, a dificuldade em conseguir e manter um patrocínio é uma característica: “A grande dificuldade acho que realmente é essa mentalidade de que o atleta não consegue dar um retorno, acho que é um amadurecimento das marcas, empresas e cultura brasileira de desvincular um pouco apenas do futebol, mas ter um retorno concreto de marca e investimento em esportes olímpicos, acho que isso tem melhorado e sendo modificado aos poucos, na cultura esportiva e na cultura do mercado brasileiro.”
A visão da atleta sobre o que falta para o nado sincronizado se tornar um esporte mais popular no Brasil é a necessidade de mais profissionais da área: “Mais faculdades lecionando nado sincronizado nas suas disciplinas de Educação Física, mais clubes que queiram ter a modalidade.”
Em relação à cobertura da mídia, Lara afirma que ainda precisa melhorar em relação a não ter exposições em apenas grandes eventos, tem que tentar entrar e ser transmitidos em competições e apresentações no próprio brasileiro, isso a mídia poderia cobrir mais e ter um interesse maior em acompanhar o trabalho durante todo o ano, em todo o ciclo, e não só apenas em Panamericanos, Olimpíadas e grandes competições internacionais.
Quando perguntada sobre qual a importância para um jovem atleta participar das Olimpíadas, Lara respondeu: “É ter essa maturidade que você consegue encarar um desafio de uma Olimpíada, que é diferente de um mundial, com uma naturalidade, meu primeiro desafio como atleta olímpico foi em Pequim e tive dificuldade de encarar como uma competição qualquer, eu tive esse receio, tive essa sensação que a piscina ia me engolir, e essa é a grande importância do jovem atleta participar de uma olimpíada, é um desafio para a vida, você se prepara para enfrentar aquela multidão de gente te olhando e te julgando e você tendo que fazer a sua melhor performance em três minutos.”
Lara sem dúvidas será uma grande aposta nos jogos olímpicos de 2016 e terminou nos contando qual a sensação de conseguir participar do maior evento de esporte mundial. “A sensação é indescritível, eu costumo falar que são os mesmos competidores, os mesmos juízes, mas o clima, a atmosfera é tudo muito diferente na olimpíada, parece que o planeta todo está ali te observando, cada detalhe realmente é especial, e é incrível estar junto com todos melhores atletas do mundo concentrados na mesma vila olímpica, na mesma cidade, em um curto período de tempo”.