Instituto Moreira Salles é inaugurado em São Paulo com três exposições

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Galeria 2 exibe a obra “CORPO A CORPO: a disputa das imagens, da fotografia à transmissão ao vivo”, um recorte da produção brasileira contemporânea feita por sete artistas. (Foto: Wivyanne Leiso)

A nova sede do Instituto Moreira Salles (IMS), na capital paulista, abriu as portas para o público no dia 20 de setembro. O edifício, totalmente revitalizado e com design moderno, é destinado à exposição de obras, shows e palestras, e teve como atração de abertura três exposições temporárias. Além de São Paulo, o Instituto Moreira Salles possui três unidades, também em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.

Entre as obras escolhidas para essa semana de inauguração, estão Os americanos, obra de Robert Frank, um dos principais nomes da fotografia, está no Brasil pela primeira vez, com 83 fotos da década de 1980. Já Os livros e os filmes são uma parceria com o editor Gerhard Steidl. E o premiado projeto de Christian Marclay, The Clock, vídeo instalação faz referências ao tempo e recebeu o Leão de Ouro, em 2011, na 54ª Bienal de Veneza.

Houve grande expectativa em receber visitantes do mundo todo. De acordo com a assessoria de imprensa do IMS, não foi feita uma projeção de quantas pessoas iriam passar pelo local. No Facebook, a página para divulgar a inauguração continha cinco mil pessoas confirmadas no evento, quantidade questionada pela organização, que acreditou superar a expectativa: “O número será bem superior”, informa Bárbara Aguiar, assessora de imprensa da IMS São Paulo.

Portas abertas

A entrada do IMS é continuação da Avenida Paulista, dando ao visitante uma sensação de ainda estar caminhando pela avenida. Sem porta ou recepção, é possível utilizar bancos, dispostos quase na calçada. O acesso ao primeiro andar é feito pela escada rolante. Nesse percurso, o usuário aprecia a biblioteca, protegida por vidros e uma obra de arte, colocada no teto que gira com força do vento. “Chamou minha atenção o pilar imponente da entrada. É incrível ver a estrutura sustentada por ele”, observou Deli Alves, estudante de arquitetura.

Ao chegar ao primeiro andar, o visitante é surpreendido com uma grande janela, que corresponde a largura total do prédio, como uma varanda aberta. E foi isso que chamou a atenção da visitante Marina Pavanello: “Gostei daqui e mais ainda dessa abertura, a arte e a rua fazem parte dessa vista linda da Paulista”, admirou a estudante de arquitetura.

Esse primeiro andar leva o nome de Praça, e tem a altura de um prédio de cinco andares. É nele que fica a recepção, guarda-volumes, cafeteria e banheiros. Os funcionários do IMS orientavam os visitantes a partir desse andar e entregam folders com a programação.

Os andares superiores de A Praça são chamados de galerias, enquanto que nos de abaixo estão a Biblioteca e a Sala de Palestras. Na Galeria 1 está a vídeo instalação, The Clock, uma espécie de filme em loop exibido 24h, com cenas de programas de TV, seriados e filmes que fazem menção ao tempo, sincronizado com a hora real. Esse espaço tem a capacidade de acomodar 80 pessoas sentadas.

São seis mil obras catalogadas na Biblioteca do IMS à disposição para leituras no local. Computadores para pesquisas de livros do acervo digital, rede WiFi e funcionários à disposição completam o atendimento oferecido. Já o cinema do prédio foi projetado para acomodar 156 pessoas, tem valor acessível que varia de 8 a 20 reais, estudantes pagam meia-entrada. Elevadores com acessibilidade, bombeiros e funcionários são encontrados em todos os andares, facilitando o deslocamento dos visitantes.

Serviço

Instituto Moreira Salles

Avenida Paulista, 2424

De terça a domingo (exceto quintas), das 10h às 20h. Às quintas, das 10h às 22h.

Funciona em feriados, exceto quando às segundas. A última admissão se dá 30 minutos antes do horário de encerramento.