Galeria Lincoln Lima: a arte como forma de agradecimento à natureza

As fotos foram tiradas na galeria Lincoln Lima, localizada na Alameda dos Nhambiquaras 779. O artista é de Curitiba e sua marca registrada são as obras de rostos de mulheres. As outras fotos presentes são consequência de uma nova parceria do artista com decoradoras com foco em pedras de mármore, por isso algumas obras são a respeito do caminho da pedra, da natureza até a mesa de centro.

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Lucas Silveira (2º semestre)

Lincoln Marques de Lima, natural de Curitiba, é um renomado artista plástico autodidata cuja arte é caracterizada pela atemporalidade. Embora sua expressão artística possua traços distintos do Modernismo, ele transcende épocas e estilo em suas obras.

Seu interesse pela arte começou logo na infância, uma vez que os desenhos serviam como uma válvula de escape do cotidiano, ele diz que, para ele, é a única forma de se encontrar consigo mesmo, sentir vivo e dar sentido à vida.

Lincoln veio para São Paulo em 2017, pintando quadros e algumas fachadas, para que em 2022, fosse possível abrir sua própria galeria em Moema. Atualmente ele possui telas em diversos países além do Brasil, como Espanha, Alemanha, Holanda, EUA, Itália e Canadá, solidificando seu reconhecimento internacional.

Sua marca registrada é desenhar rostos femininos, o que está profundamente ligado à sua busca por se expressar e ter identidade. As obras vão além, elas servem como tentativa de explorar a complexidade das emoções humanas, ainda mais porque acredita que as expressões femininas conseguem trazer mais nuances das emoções, a partir dos olhos, delicadeza dos traços, cores e forma, como se fosse um espelho da alma.

Lincoln está com um novo acervo de quadros em sua galeria, dedicados ao mármore. A série nasce da conversa entre arte e natureza, de modo que cada obra sirva como tributo à beleza que brota da própria terra.

Os quadros dessa coleção incorporam elementos que vêm diretamente de recursos naturais; o algodão que se torna a tela, a madeira que dá sustentação, o pincel com seu cabo e fibras, além dos pigmentos tirados de sementes e minerais.

Tudo se inicia com a matéria-prima bruta, assim como a abelha que coleta néctar e o transforma em mel. É o gesto de mudança e devolução, pois a arte também devolve á natureza aquilo que recebeu, não apenas em forma, mas em sentimento e emoção.