Galeria, em São Paulo, dá espaço para a arte urbana

Uma das obras da exposição do artista Gatuno. Nessa parte da galeria as pinturas mudam de cor e brilham no escuro

Share

De acordo com o dono “a galeria é democrática” em relação aos artistas que recebe

Marina Andrade Melo – 2º semestre

A Alma da Rua, localizada na Vila Madalena, em São Paulo, é a primeira galeria de arte urbana do Brasil que é de apenas um dono, Tito Bertolucci. A galeria foi criada em 2016 e conta com mais de 100 exposições no currículo, nas quais 90% são artistas, de todo o território nacional, ativos nas ruas.

Houve uma expansão, em 2022, no projeto inicial e atualmente são duas galerias, Alma da Rua I e Alma da Rua II, ambas situadas no mesmo bairro, a menos de 60 metros de distância uma da outra.

A primeira galeria dispõe de uma coleção artística diversa, contando com quadros e objetos personalizados. Logo na entrada do local é possível avistar quadros que estão à venda mas não fazem parte de alguma exposições, eles estão pendurados na parede da escada que concede acesso às áreas de exibição. Os valores podem chegar a mais de R$50.000.

Além do que foi citado anteriormente, há também exposições de artistas urbanos – as momentâneas contam com um período de permanência de, em média, 30 dias. Durante o mês de agosto e setembro, estão em exibição Ignoto e Gatuno, ambos na galeria Alma da Rua I

O primeiro deles apresenta “Pequenos Detalhes Grandes História” e um personagem característico criado por Ignoto, o Azulão. A mostra é baseada na representação do local em que o artista nasceu, cresceu e vive até hoje no extremo leste da cidade paulistana. A exposição estará na galeria até o dia 28 de setembro de 2023.

Já Gatuno exibe “Micro-Dose”, uma exposição que relaciona as influências das artes visionária e psicodélica, cada vez mais exploradas pelo artista. Essa mostra conta com obras fluorescentes que mudam de cor de acordo com a iluminação do ambiente. Um dos pontos altos dessa exibição é quando a luz do cômodo é apagada e torna-se possível observar as obras sob outro ponto de vista. Essa exibição não tem término previsto.