O jornalista esportivo Juarez Soares, que já cobriu 11 Copas do Mundo, esteve na ESPM-SP nesta quarta-feira (2), no estúdio de rádio, para participar do evento “Quartas de Copas”. Na bancada estava o professor Kleber Mazziero e o aluno Pedro Corrales. O evento reunirá, todas as quartas do mês de abril, um ícone do jornalismo esportivo brasileiro.
Juarez, que trabalha atualmente na Rádio Transamérica, iniciou sua carreira aos 17 anos na Rádio Cultura, em Lorena. Durante sua carreira jornalística, passou pela Rádio Tupi, Record e Globo, foi repórter da TV Globo e da Bandeirantes. Sua primeira cobertura de Copa do Mundo foi em 1982, na Espanha.
Segundo Juarez, narrar futebol é a atividade mais complicada que há no rádio. “Primeiro precisa ter voz bonita”, explica. Para ele, também é necessário ter fôlego, um grau de escolaridade alto e boa dicção. “E não é só dicção, é interpretação”, complementa.
Na conversa, o convidado comentou sobre a sua experiência transmitindo e acompanhando Mundiais. Quando questionado sobre qual a seleção mais espetacular, respondeu convicto: “a de 1970, porque tinha o Pelé (…) e ele não é um ser humano, é uma entidade”.
“A seleção de 1970 ficou concentrada de três a quatro meses. A seleção que jogará a copa desse ano ficará concentrada no Rio de Janeiro 16 dias”, analisa Juarez. Segundo ele os jogadores de 70 tinham um preparo físico fora do normal.
Para a Copa do Mundo de 2014, o jornalista comenta que o Brasil é um dos favoritos, junto com Alemanha, Espanha e Argentina, mas precisa estar atento, pois “no futebol, como no amor, você só ganha nos detalhes”, completa.
Fernando Turri e Ana Clara Maksoud (1ºsemestre)