Exposição Coisas sem Nome no Instituto Tomie Ohtake vai até domingo

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A exposição permeia os festivais de música dos anos 60 e interage com o público. Foto: Rafaela Andrade

O Instituto Tomie Ohtake acolhe em seu espaço o Festival Arte Atual, com a exposição intitulada Coisas sem Nome, de 22 de agosto a 27 de setembro. O projeto foi desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto que convidou 15 jovens artistas para expor seus trabalhos.

O Arte Atual é realizado anualmente desde 2013, porém, neste ano, a proposta é mais além e busca enaltecer os trabalhos de artistas que estão em diferentes momentos de suas carreiras. O tema da vez é Coisas Sem Nome, que parte da impossibilidade de definir ou categorizar objetos. De acordo com o educador do Instituto, André Castilho, o conteúdo artístico da exposição é rico em interpretações. “É uma temática bastante complexa, pois cada um dos artistas possui uma linha de trabalho diferente. Alguns se direcionam para o visual, outros para o auditivo, no entanto, o conjunto tem várias facetas interpretativas”, explica.

O visitante encontrará no espaço uma exposição visualmente agradável e intrigante. Os objetos e materiais utilizados são palpáveis, e muitos deles presentes no cotidiano da sociedade, como aparelhos televisores, máquina de costura, papel, vidro e tecido. O público é convidado ainda a colocar fones abafadores de ruídos – disponibilizados pelo instituto e que isolam o som em até 17 decibéis, para visitar a exposição com audição parcialmente limitada.

Além da interação com o público, os artistas podem modificar as obras que já estão estabelecidas no espaço, reforçando o dinamismo e o dialogismo da temática. “Os próprios artistas vêm aqui com certa frequência e fazem intervenções nas obras. Eles as mudam de lugar e as complementam. O festival pressupõe interações o tempo todo”, diz Castilho.

Apesar das multi-interpretações possíveis e da complexidade da temática, a ideia que perpassa todas as obras remete a festivais de música no final dos anos 60. As manifestações da época revelaram artistas produtores de músicas que sempre dialogavam com o público, reforçando o intuito da exposição Coisas sem Nome.

Rafaela Andrade (3º semestre)