ESPM-SP recebe seminário de economia “Cidade Colaborativa”

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Palestras sobre economia colaborativa na ESPM-SP – Fotos: Caio Sebbagh – 1º semestre

A ESPM-SP recebeu o evento “Cidade Colaborativa”, que discutiu novas formas de mobilidade e relações entre as pessoas de uma mesma sociedade. O debate aconteceu na última sexta, 28, e reuniu 13 representantes de empresas com este perfil para falar sobre o assunto.

Em um auditório lotado, os estudantes de administração, jornalismo, publicidade e propaganda e relações internacionais, puderam participar de uma conversa de novas ideias e tecnologia. Entre os representantes que participaram do debate estão empresas como: Itaú bikes, Caronetas, Ciclowhat, Fleety, Parada do livro, Uber, Vitacom, Contain It, Couch Surfing, Sampa Housing, Troco Perfumes, Sharing EC e Project Hub.

O primeiro plano trouxe, fundamentalmente, a questão da mobilidade. Aplicativos de bicicleta foram apresentados como meio alternativo que traz consigo a ideia de lazer. “A bike é um meio individual que pode ser de massa”, ressaltou a representante do Itaú Bikes.

Com a ideia de que “carro não é um vilão” três meios se destacaram. O Caronetas, aplicativo de caronas inteligentes, mostrou que pode ser útil no compartilhamento de custos. Já André Barin, sócio-fundador do aplicativo Fleety, explicou a ideia de car-sharing, que nada mais é que um compartilhamento de veículos entre pessoas. Barin apontou o aplicativo como sendo seguro e finalizou dizendo: “O Fleety é um novo estilo de vida, seu público é desapegado e pertence a uma nova geração”.

Guilherme Telles, do Uber, apresentou o sistema como uma empresa de tecnologia. Com a ideia principal de compartilhamento, Telles defendeu o Uber como uma solução para a mobilidade urbana, além de garantir sua eficiência. “Só vão conseguir tirar carros particulares da rua se as pessoas confiarem que sempre vão ter um Uber em 3 minutos”.

O primeiro plano trouxe ainda um projeto social criado pela ex-aluna da ESPM-SP, Helena Nabuco. O Parada do Livro é uma forma indireta de atingir as pessoas através da leitura, com pontos que eram instalados nas estações de ônibus em São Paulo. Com a proibição da prefeitura o projeto teve que ser retirado de São Paulo, mas em Belo Horizonte faz sucesso com o nome de Ponto do Livro.

O segundo plano mostrou ideias inovadoras de compartilhamento. Alexandre Lafer, do Vitacom, apresentou os prédios compartilhados, onde os moradores dividem carros, lavanderia, ferramentas, entre outras coisas comuns do dia-a-dia. Lafer acrescentou que esse modelo revoluciona a indústria. “Não é só a crise que estamos enfrentando, a questão é que o mundo mudou”.

“Quando dá oportunidade para as pessoas, dá certo”, disse o representante da Contain It. O projeto é uma forma de incentivar o empreendedorismo de um modo sustentável. O empreendedor, Rodolfo Soares de Oliveira, da Troco Perfumes, explicou como funciona o site e como as pessoas podem fazer para participar. De um modo simples, rápido e totalmente gratuito, os usuários interagem e saem da troca satisfeitos.

O Couch Surfing, representado pelo organizador de eventos, Higor Pereira, é um meio de o usuário hospedar um estrangeiro em sua casa e se hospedar na casa de alguém quando for viajar. Já o Sampa Housing aluga apartamentos mobiliados para pessoas que vem de fora se sentirem como locais na cidade. O site oferece toda a estrutura necessária e organiza confraternizações entre os hóspedes para que eles possam se conhecer e se adaptar ao local.

Matias Vazquez, do Sharing EC, comentou a expressão tão citada na palestra, co-working. Ele disse que uma forma de se relacionar com a sociedade e não só dividir espaço, mas também conhecimento. Lucas Foster do Project Hub acrescentou junto à ideia de relacionamento e conhecimento, o investimento. E apresentou seu projeto como um modelo de negócios. “A geração ‘y’ quer empreender para ter uma independência financeira”.

O debate se estendeu a perguntas de alguns alunos que mostraram ter gostado das ideias que ouviram. Fundamentalmente, o compartilhamento foi tema chave dos palestrantes e gerou muita curiosidade em todos os presentes. O Cidade Colaborativa abriu portas para uma nova visão dos jovens que participaram da discussão.

Giovanna Lunardelli e Luiza Capella (3° semestre)