ESPM e Columbia promovem 1º Seminário de Jornalismo Internacional

1o Seminário de Jornalismo Internacional

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Por Fernanda Galeocci (1º semestre)

1o Seminário de Jornalismo Internacional

A ESPM e a Columbia School of Journalism promoveram, em São Paulo, o 1º Seminário de Jornalismo Internacional. No dia 9 de outubro, a Escola recebeu, para o evento, o diretor da Record, Celso Teixeira, e também Ricardo Gandour, da CBN, além de outros grandes nomes do jornalismo brasileiro, que debateram as Mídias Sociais e o Jornalismo. Os palestrantes compartilharam com os alunos informações sobre como as redes impactam a forma de produzir conteúdo e as mudanças na interação com o leitor.

“Investimento em jornalismo regional é o caminho”, disse Teixeira. A Record produz 6 horas de jornalismo em cada um dos principais centros brasileiros, como Rio, São Paulo, Manaus e Fortaleza. Dessa forma as TVs abertas conseguem competir com as redes sociais, aproximando-se da vida do espectador, que preza por ter informação do que está acontecendo ao seu redor, comenta ele.

Editor-chefe do Nexo, Conrado Corsalette, um dos palestrantes, comentou sobre o poder do Facebook nesse momento de mudança no jornalismo. Segundo ele, é necessária uma mudança de linguagem, mais reduzida e mais clara, para o crescimento da audiência e maior facilidade no entendimento do conteúdo. Ele compartilhou também que a Nexo tem uma intensa ligação com o leitor, e que a empresa se preocupa em responder todos os comentários. Esse engajamento da Nexo nas mídias sociais foi positivo para o relacionamento jornalista-leitor e a ação gerou maior interação nas mídias.

A fala de Patrícia Blanco, presidente do instituto Palavra Aberta, girou em torno dos benefícios de receber todo tipo de informação na palma da mão, que, na opinião dela, engrandeceu o poder da mídia, não só na criação como também no consumo. Ela ressaltou que um dos problemas identificados com a informação em massa postada nas mídias é que os jovens então incapazes de identificar um conteúdo verdadeiro de um falso. “Temos que educar as pessoas para o consumo de mídia e o ambiente social”, finalizou.

Ricardo Gandour alerta ser necessário resgatar a dimensão humana da nossa realidade. “Não deixe que a tecnologia elimine nosso lado sensorial”, disse. Ele encerrou o painel compartilhando acreditar que a prática do jornalismo é baseada no empréstimo de vários fundamentos e a busca pela melhor versão possível da verdade, e encorajou os alunos a continuarem a se aprofundar na profissão.