“Era Halloween, mas não havia clima de comemoração”, diz brasileiro sobre atentado em NY

João Edson,

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O atentado ocorrido em Nova York da última terça-feira (31/8) resultou em oito mortos e 12 feridos. Sayfullo Saipov, que atropelou pedestres e ciclistas em ciclovia de Manhattan, confessou que agiu em nome do Estado Islâmico. O presidente dos EUA Donald Trump pediu pena de morte para o autor do primeiro ataque terrorista em território estadunidense desde os ataques aéreos de 11/9.

João Edson, que mora em Nova York há 9 meses para estudar inglês, deu seu depoimento ao Portal de Jornalismo sobre o clima da cidade no momento do ataque: “Passei próximo ao lugar do atentado uma hora depois do ocorrido. Havia muitos policiais por todos lados. A sensação foi muito estranha,

João Edson, brasileiro que vive em Nova York, dá depoimento sobre o dia do atentado ao Portal. (foto: arquivo pessoal)

Depoimento 
“Basicamente, o que eu lembro é que era Halloween e tava uma sensação super boa na cidade com a parada que ia acontecer na noite de terça. As ruas já estavam cheias de pessoas fantasiadas. Mas com a notícia de um possível atentado, me lembro que comecei a ouvir muitas sirenes da policía. Uma hora depois, saí na rua e cada estação de metrô já estava tomada por policiais. Desci em uma que fica no Brooklyn e – sem brincadeira- em apenas uma saída vi mais de 10 policiais.
Percebi que a cidade ficou sem clima pra festa. Fazia muito frio, à noite ainda se via pessoas fantasiadas, mas não se ouvia comemoração, acho que todo mundo estava apreensivo. Quando escutei que entre os mortos estavam argentinos, fiquei bem preocupado porque morei na Argentina por cinco anos, tenho vários amigos e conhecidos que sempre viajam pra cá.
Hoje (quarta, 1) também vi muitos policiais por todos lados. Fui ver um programa na MTV, que fica bem na Times Square, e pra uma simples fila de um programa de televisão, havia cinco policiais fortemente armados, cuidando da segurança em geral. A TV disparou a falar disso em todos os canais. Hoje, vi um debate na televisão que o terrorista havia ganhado o green card dele no sistema de sorteio, e se essa sistema deveria seguir existindo ou não.
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