Cidades sustentáveis são inteligentes

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“Se os 30 prefeitos forem derrubados, quer dizer que o aplicativo funciona”, brincou o publicitário Mauro Motoryn ao contar sobre o projeto Mais Feliz, que devido à parceria com a Frente Nacional dos Prefeitos, já conta com a adesão de 30 deles. O lançamento será no próximo dia 7 de setembro.

Iniciativas inovadoras como essa, foram discutidas no evento “Cidades Inteligentes: como as tecnologias da informação produzem cidades mais educadas”, realizado no Itaú Cultural este mês, com a abertura de Gilberto Dimenstein, jornalista e criador do site Catraca Livre, e Natacha Costa, diretora da Cidade Escola Aprendiz.


A função do aplicativo para celulares e redes sociais, criado por Motoryn, é servir de ligação entre os cidadãos e gestores, funcionando também como forma de pressão política uma vez que os usuários fazem avaliações e comentários das regiões que moram ou frequentam. São 12 tópicos diferentes, entre eles: poluição sonora, eficiência das obras realizadas, avaliação do serviço de saúde, e no final do dia, esses dados são enviados ao gabinete dos prefeitos responsáveis pelas respectivas áreas.

A mesa de convidados foi composta também por Lincoln Paiva, responsável pela criação do site Campus Aberto. Esse serviço online oferece informações sobre rotas compatíveis entre estudantes que realizam o mesmo trajeto, a fim de gerar compartilhamento de transportes. É possível até mesmo procurar companhia para o destino com quem se locomove a pé ou de metrô.

Marcio Nigro, também presente no evento, desenvolveu um projeto parecido, só que o público almejado é mais velho, chamado Caronetas, um site de caronas para ajudar a localizar quem mora e trabalha perto com a expectativa de diminuir o intenso fluxo de carros nas cidades: “As pessoas não conhecem quem está ao lado.”

Por fim, o convidado Gui Brammer expõe o Descola Aí, um site apresentado como um serviço online de consumo colaborativo no qual pessoas podem alugar produtos que querem usar poucas vezes e portanto não valem a pena ser comprados. Por outro lado, é uma boa forma de aumentar a renda daquela pessoa que está com o produto parado em casa e possui um pensamento sustentável uma vez que, com o aumento da população e, por consequência, do consumo, sabe que os recursos naturais entrarão em escassez de forma mais acelerada.

 

Milene Fukuda (2º semestre)