Casos de doping no esporte têm tirado títulos de grandes atletas

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O preço de uma vitória

Em pleno ano de Jogos Olímpicos, o uso de substâncias consideradas ilícitas, naturais ou sintéticas, que visam à melhoria do desempenho do atleta em competições, tem voltado a ganhar visibilidade.

Na última semana de agosto, o ciclista Lance Armstrong, anunciou que desistiu de lutar contra acusações de dopagem que enfrenta há mais de uma década pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA). O americano, como previsto no Código Mundial Antidoping perderá seus sete títulos da Volta da França, uma medalha de bronze conquistada na Olímpiada de 2000 e todos os seus títulos e premiações, inclusive em dinheiro, desde 1998.

O ciclista americano Lance Armstrong ao receber a sentença da cassação de seus títulos

 

Antes mesmo do início da Olímpiada de Londres, nove atletas receberam punições por doping. Segundo Rogério Nocentini, técnico de natação competitiva do Clube Paineiras do Morumby, o uso de substâncias: “é uma questão seria que deve ser fortemente combativa e os atletas flagrados devem ser severamente punidos”.

Atualmente, o controle de dopagem se limita à análise química de amostras biológicas extraídas da urina ou sangue do atleta. Esses métodos de análise são extremamente apurados, capazes de identificar doses ínfimas das substâncias proibidas no organismo.

Para Nocentini, que nunca teve um atleta flagrado no doping, todo caso dessa natureza diminui a credibilidade dos profissionais envolvidos nas modalidades.

Para o jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho, o doping nunca será abolido do esporte, mas pode ser aplicado de forma mais criteriosa pelas autoridades esportivas. Segundo ele, o futebol não registra tantos casos de doping quanto o ciclismo por conta da própria natureza do esporte – que não exige do atleta tantos esforços musculares.

Ouça PVC

[audio:http://portaldejornalismo-sp.espm.br/wp-content/uploads/2012/09/Audio-PVC.mp3|titles=PVC fala sobre doping]

Substâncias proibidas para atletas

Estimulantes: pseudoefedrina, efedrina, anfetamina etc.

Narcóticos: morfina, codeína, propoxifeno etc.

Agentes anabólicos: testosterona, nandrolone, stanozolol etc.

Diuréticos: hidroclorotiazínicos, furosemide etc.

Betabloqueadores: propranolol, atenol etc.

Hormônios peptídeos e análogos: Hormônio do crescimento, eritropoetina, corticotropina

Talitha Adde (2º semestre)

com colaboração de Gustavo Tomazeli (4° semestre)