Organizações universitárias reúnem candidatos para debate

Vices Andrea Matarazzo, Gabriel Chalita, a mediadora Fabíola Cidral e o candidato Ricardo Young, respectivamente. Foto: Giovanna Spilborghs

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Vices Andrea Matarazzo, Gabriel Chalita, a mediadora Fabíola Cidral e o candidato Ricardo Young, respectivamente.
Foto: Giovanna Spilborghs

Centros e Diretórios Acadêmicos e o Grêmio Politécnico das faculdades de São Paulo (Cásper Líbero, ESPM, FGV, Insper, Mackenzie e USP) se uniram para organizar um debate entre os candidatos a prefeito da cidade. O evento ocorreu nessa quinta-feira (15), no Teatro das Artes, no Shopping Eldorado.

O debate contou com a ajuda da mediadora Fabíola Cidral, âncora da CBN São Paulo. A jornalista tem especialidade em problemas e soluções da cidade. A mesa-redonda teve uma duração de aproximadamente duas horas. Foi dividido em blocos, um para apresentação de cada político, e os outros para perguntas, sendo, de um candidato ao outro, dos estudantes organizadores, e do público.

Dos sete candidatos a prefeito convidados ao debate, apenas o Ricardo Young fez-se presente no evento. Os candidatos Marta Suplicy e também  atual prefeito Fernando Haddad, mandaram seus vice-prefeitos, Andrea Matarazzo e Gabriel Chalita, respectivamente, para representá-los. Os outros candidatos, João Doria, Celso Russomano, Luiza Erundina e Major Olímpio, não compareceram ao teatro.

Um dos temas discutidos e questionado pelo vice de Haddad, Gabriel Chalita, foi que, se Marta voltar as antigas velocidades máximas das marginais, consequentemente o aumento de acidentes também irá aumentar – como era antes da implantação de lei que o atual prefeito Haddad aplicou.

Matarazzo, vice de Marta declarou: “o que causam os acidentes são as sinalizações ruins dos acessos, as pessoas que moram nas beiras das marginais que vivem atravessando de um lado para o outro, as fábricas de casinhas de cachorros, bonecas que ficam no meio fio das avenidas. Se asfaltar, sinalizar direito, como em todo lugar, os acidentes reduziriam muito”.

No meio do debate, a medidora Fabiola Cidral recebeu a informação de que o candidato João Dória estaria ao vivo comentando o debate, na transmissão do Catraca Livre com mais de 32 mil pessoas no Facebook. A jornalista fez um convite ao candidato, no meio de muitas vaias dos alunos, dizendo “você poderia estar ao vivo aqui, João Dória vem para cá! ”

Ricardo Young comentou uma pergunta feita pelas universidades que tocava em um assunto muito importante e discutido atualmente. O candidato falou sobre os direitos humanos para as minorias: “a diversidade ela é inteligente, ela é criativa, a diversidade produz cidades que conseguem se organizar em torno de soluções, não é possível a intolerância. A intolerância tem que ser combatida em todos os níveis, e tem que se criar oportunidades para que tenhamos uma cidade integradora com políticas públicas acolhedoras”

Durante o bloco, em resposta à pergunta de Andrea Matarazzo sobre a adaptação de mudança do partido do partido PSDB para um governo PT, Chalita responde “agora sem dúvida o sistema partidário brasileiro é muito ruim, eu vejo pessoas de bem trocando de partido. Porque infelizmente falta uma democracia partidária, e os partidos tem um dono. E quando você percebe que tem um dono, e não gosta disso, você sai. ”

Em réplica, Matarazzo diz que levantou essa questão justamente porque uma das coisas mais importantes no país é uma reforma política. E finalizou dizendo: “essa é a mudança que temos que fazer, temos que somar soluções para a sociedade e unir correntes diferentes. Mudar o jeito de fazer política. ”

A organização do debate político nas vésperas de uma eleição é muito importante para votar-se de forma democrática e escolher um representante político que realmente represente o povo.

 Por Giovanna Spilborghs e Helena Lara (2o semestre)