Alunas de jornalismo da ESPM-SP ganham dois prêmios de comunicação na Expocom

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Maria Augusta Messias (1º semestre)


Duas produções jornalísticas lideradas por alunas da ESPM-SP foram vencedoras no Expocom Sudeste de 2020 (
Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação), no dia 16 de outubro. Orientadas pelo professor Erivam Oliveira, Juliana Nóbrega de Noronha e Fernanda Baddini produziram um livro fotográfico sobre Moçambique, como projeto de graduação em jornalismo (PGJ). Yasmin Silva Marcondes, Nathália Defendi e Guilherme Santiago, orientados pela professora Patrícia Gil, venceram com um projeto de estratégia de comunicação para a ONG CrêSer.

Para Yasmin, que foi a aluna líder na apresentação do trabalho vencedor na categoria Produção Transdisciplinar – Projetos de Extensão, “foi uma experiência muito rica, porque foi um trabalho voluntário realizado para uma ONG que, de fato, precisava dele.” No projeto, houve uma apresentação institucional para a ONG, a criação de um manual de comunicação e um layout para as redes sociais. A aluna, atualmente, está desenvolvendo um trabalho de conclusão de curso sobre música (Projeto Empreendedor na Indústria musical) e é estagiária de comunicação digital na FSB comunicação, onde trabalha com mídias digitais e criação de conteúdo.

 


Fernanda Baddini participou do trabalho vencedor na categoria Produção Transdisciplinar – Edição de Livro e diz estar extremamente grata. “Sempre gostei muito de um jornalismo que humaniza a pessoa, que não só traz números, dados, mas rosto e histórias, e aproxima o leitor daquilo que está sendo contado. Acho que é uma sensação de dever cumprido, de que fiz a escolha certa, de que vim com um objetivo e fui fiel a ele até o fim.”

Segundo ela, a humanização não fica apenas na visão do leitor. “Pude fazer aquelas pessoas se sentirem importantes, porque nós vimos a realidade delas e sua imersão em uma cultura e pensamento de que são esquecidas, de que não são importantes, de que a situação em que vivem é culpa delas mesmas, mas nós sabemos que não é verdade. Quando mostramos as fotos e o livro finalizado a elas, sentiram-se importantes e representadas, e esse é o maior significado para mim.”

Por sua vez, Juliana, líder no trabalho vencedor na categoria Produção Transdisciplinar – Edição de Livro, diz que o prêmio teve maior significado no âmbito pessoal do que no profissional. “Foi uma questão de afirmar para nós mesmas sobre nossas capacidades e de nos mover para outros propósitos, entendendo que um sonho nos moveu e que utilizamos a nossa profissão para possibilitar o acontecimento de tudo isso. As pessoas acreditam que se deve trabalhar e, de vez em quando, lutar por um sonho, mas nós conseguimos juntar o nosso propósito de vida com aquilo que estudamos e quisemos para o nosso futuro. Então, foi muito gratificante. Estamos muito felizes para o nacional e esperamos que dê tudo certo.”

Para a realização do livro, Fernanda e Juliana foram até Moçambique e tiveram contato com várias pessoas, diferentes umas das outras e que não se encaixavam nos padrões da cultura local. No livro, destacam esses contrastes para trazer um olhar diferente do que se costuma conhecer sobre o país e deixá-lo com um enfoque mais interessante.

A final regional ocorreu on-line e contou com a apresentação de uma banda musical, Batukantá, que deixou o evento mais lúdico e festivo. As vencedoras, agora, concorrerão ao prêmio nacional, que ocorrerá entre os dias 1º e 10 de dezembro, durante o Intercom Nacional, com o apoio institucional da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Imagens: Alice Labate e Isabella Tiezzi (1º semestre) e Maria Luiza Baccarin (4º semestre)