A domesticação de animais exóticos está se tornando comum, e gatos, cachorros ou passarinhos não satisfazem mais a vontade das pessoas que querem ter um animal de estimação em casa. Leões, tigres, animais de fazenda e até mesmo répteis são alguns exemplos. Sultão é o tigre de estimação Reinaldo Kherlakian, e é a alegria da residência: “Acordo de manhã com uma pata enorme na minha barriga e uma língua áspera mas minhas mãos, sei então que é o Sultão, servindo como meu despertador”.
A domesticação de um tigre é difícil, porém não impossível. Requer muita atenção, paciência e sobretudo disposição. A designer Maria Adelaida Penhagos adotou o pequeno Horácio um porco da espécie anã vietnamita, originário do Vietnã. O animal, quando adulto, atinge no máximo 60 quilos. A designer diz que se apaixonou por Horácio desde a primeira vez que o viu recém-nascido. Desde então sua vida mudou: “parei de comer carne de porco”, conta a dona de Horácio. O pequeno porquinho, aos três meses, já obedece ordens e vem quando seu nome é chamado.
Com uma escolha mais ousada, Dirley Bortolanza preferiu morar com 7 cascaveis por puro prazer. Apaixonado por cobras, Seu Dirley leva suas cobras para passear na rua com muita tranquilidade. Famoso em Mandaguari, cidade paranaense distante 320 quilômetros da capital, Curitiba, Dirley relata, “os vizinhos todos me amam, sentiam-se protegidos”. Não basta só morar com Dirley, as cobras fazem parte de sua família, elas jantam na mesa de jantar com Dirley e sua mulher, Lucimar. “Ele é o Indiana Jones de Mandaguari”, brinca a esposa.
Para legalizar a domesticação de um animal exótico é preciso que haja autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O processo é bastante burocrático. O Ibama precisa ter certeza que o dono não pretende vender seu animal no comércio, e exige um documento para provar que o dono tem condições financeiras de sustentar o animal.
Bianca Paulino (1º semestre)