Isabelle Gregorini – (2º semestre)
A Basílica de São Pedro é, atualmente, a maior basílica papal do mundo. Também é considerada a maior e mais importante construção do catolicismo e um dos locais cristãos mais visitados do mundo.
Localizada na Praça de São Pedro no Estado do Vaticano, a Basílica é classificada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Sob seu altar, está enterrado um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro papa da história, São Pedro, vindo daí a origem de seu nome. Como tradição, todos os papas são enterrados no local.
Sua história se inicia no século IV, quando o imperador Constantino decidiu construir uma basílica no local onde um dos apóstolos de Jesus fora enterrado. A construção da primeira basílica foi concluída em 329 d.C, entretanto a que é visitada nos dias atuais começou em 1506 e foi finalizada em 1626, sendo consagrada pelo Papa Urbano III.
Durante o início da obra, o artista contratado para arquitetar a nova basílica foi o arquiteto Donato Bramante. Porém, no decorrer da construção, Bramante acabou falecendo e Raffaello Sanzio começou a coordenar o desenvolvimento do local. Com a morte de Rafaello, em 1520, Antonio da Sangallo, o Jovem, tomou posse da arquitetura da basílica. Em 1546, após a morte de Sangallo, o arquiteto escolhido foi Michelangelo Buonarroti, que deu a forma final do projeto.
O exterior da Basílica conta com diversas pilastras, em que são encontradas estátuas de santos e grandes janelas que iluminam o interior do local. A fachada principal é planejada através do uso de colunas que emolduram a entrada e a Varanda das Bênçãos (local onde é anunciada a eleição do novo papa). Na fachada há, também, estátuas de São Pedro e São Paulo, esculpidas em 1847 por Giuseppe de Fabris e Adamo Tadolini, respectivamente.
Para entrar na basílica é necessário passar pelo Pórtico, que possui cinco grandes entradas da praça ao nártex. Essas cinco portas que constituem a entrada da basílica são: a Porta da Morte, a Porta do Bem e do Mal, a Porta de Filarete, a Porta dos Sacramentos e a Porta Santa.
A parte interior da basílica é dividida em três naves separadas por pilares. A primeira delas é a nave Central, que é coberta por abóbadas de berço. Possuindo, também, uma área de dez mil metros quadrados de mosaico. A segunda é a nave da Epístola, que se encontra no lado direito da basílica. Nela é encontrada a escultura Pietà, de Michelangelo, os monumentos funerários de Leão XII, de Giuseppe de Fabris e, sob o altar, estão preservados os restos mortais do Papa João Papa II. Nessa parte da basílica também foram preservados os restos mortais de Pio XI e Pio XII e há, inclusive, a preservação do Santíssimo Sacramento. A terceira e última nave é a nave do Evangelho, que se encontra à esquerda da basílica. Nela há túmulos de integrantes da família real Stuart, e, no altar, o corpo de São Pio X.
Ainda na parte interior encontra-se o deambulatório, que é considerado o coração da Basílica. O túmulo do Papa João XXIII e um mosaico com pintura de Domenichino encontram-se no local. A famosa pintura da Transfiguração de Rafael também situa-se nessa parte da Basílica.
O presbitério também é uma das partes do interior da Basílica. Nele é encontrada a Cátedra de São Pedro, que é iluminada por um vitral com uma pomba simbolizando o Espírito Santo. Ainda na parte interna, situa-se a parte denominada órgão, que está localizado entre o presbitério e o deambulatório. Nele encontram-se dois corpos que estão nos braços do deambulatório partindo para o presbitério. Esses corpos são respectivamente apelidados de “Cornu Epistolae” e “Cornu Evangelii”.
Outra parte do interior da Basílica é o transepto, onde encontram-se altares destinados a São Venceslau, São Erasmo e os Santos Mártires Processo e Martiniano. Também há estátuas de santos e santas fundadores de ordens religiosas e congregações, como São Paulo da Cruz, Santa Ângela de Merici e Santa Luísa de Marillac.
O último local pertencente à parte interna da Basílica de São Pedro é o Altar Papal, que se situa no cruzeiro sob a cúpula, enquadrado pelo monumental baldaquino de São Pedro.
Por fim, há a cúpula, que tornou-se um marco no estudo de engenharia de estruturas e é considerada a mais alta cúpula do mundo.
A entrada para a visitação da Basílica de São Pedro é gratuita. Entretanto, devido ao elevado número de turistas, é recomendável agendar uma visita com um guia turístico.