Bianca Marcondes (2° semestre)
Durante os dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro, o Autódromo de Interlagos foi transformado na Cidade da Música. Criado pela Rock World, empresa também responsável pelo Rock in Rio, o The Town foi pensado para ser o ponto de encontro entre a arte brasileira e internacional.
Como uma verdadeira cidade, o evento não se limitava aos palcos. Durante os shows, o espaço contava com stands interativos e brinquedos gigantes para o público, patrocinados por empresas como SuperBet, Itaú e Porto Seguro.
Para utilizar a roda gigante, montanha-russa, tirolesa e outros brinquedos, era fácil: Acessar o aplicativo do The Town, selecionar horários e conferir a sua agenda com as suas atividades. Outras ativações de marcas como Vivo, Seara e Coca-Cola, contavam com brindes, jogos e espaços instagramáveis.
Mesmo com toda a diversão, os shows ainda eram a alma do The Town. Além de grandes nomes nacionais e estrangeiros que revezavam nos palcos, a programação incluiu artistas independentes como a Orquestra Sinfônica Heliópolis e a Orquestra Mundana Refugi.
Supla & Inocentes, Jason Derulo, Pedro Sampaio e Katy Perry agitavam as noites. Já no dia 7 de setembro, primeiro final de semana do evento, as apresentações da banda Capital Inicial e da baiana Pitty animaram o público, lotando o palco ao reviverem os seus principais sucessos e mostraram o porquê se destacam como grandes vozes do rock brasileiro.
Para acessibilidade, os shows contaram com tradução em Libras nos telões e outras ferramentas disponíveis com a equipe de apoio, garantindo uma maior diversidade no evento.
Seja na limpeza, na segurança, atuando como imprensa ou no acolhimento, o festival contou com uma larga equipe de apoio. Além dos trabalhadores, a Prefeitura de São Paulo atuou na gestão do transporte público, o que permitiu que as estações de metrô funcionassem durante toda a madrugada para desembarque.
Além disso, a experiência variava entre o ingresso do setor comum, Club e o VIP, que ofereciam serviços especiais de alimentação e áreas com vistas privilegiadas dos palcos.
Ainda no dia 7 de setembro, o palco Skyline recebeu a banda Green Day, atração principal da noite, que atraiu um público mais maduro. Além de música e muita interação com o público, a banda não deixou de lado as críticas sociais, inclusive às políticas do governo de Donald Trump. A equipe abriu o show com a música American Idiot, que questiona a agenda caipira dos anos 2000, com uma mudança: O vocalista Billie Joe destaca a existência da agenda MAGA, criticando o movimento que faria a América grande novamente.
Com representantes de diferentes gêneros, sendo eles rock, pop, rap, trap, música popular brasileira (MPB) e música eletrônica, a segunda edição do The Town reuniu, ao todo, 425 mil pessoas durante os cinco dias. Dedicado ao rock, o dia 7 de setembro foi a segunda data mais procurada, com o alcance de 90 mil fãs. Em primeiro lugar no ranking, a noite de abertura, que esgotou os ingressos com uma programação voltada ao rap e trap. E atente-se, a terceira edição já está confirmada para 2027!