Pelo Mundo ESPM – Obelisco aos Heróis de 32

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Sophia de Marque – 2º semestre

O Obelisco aos Heróis de 32 fica no Complexo Viário Ayrton Senna, próximo ao portão 3 do Parque Ibirapuera,  na Vila Mariana, em São Paulo. A arquitetura é um patrimônio histórico e cultural, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). O número 9 é muito presente na estrutura da obra porque são nove degraus para subir até a cripta, a altura do Obelisco é de 72 metros, que somados 7 mais 2 é igual a 9, a distância da cripta até o topo é de 81 metros, cuja a soma também da nove e a inauguração da arquitetura foi feita no dia 9 de julho de 1955. Esse número é tão presente porque foi o dia que a revolução de 32 explodiu. Os quatro lados do monumento estão voltados para os pontos cardeais da cidade de São Paulo que apresentam monumentos que contam a história da cidade.

O arquiteto que propôs esse monumento foi Galileu Emendabili e começou a construção em 1947 com o intuito de ser o marco da revolução de 32 que os paulistas perderam no campo de batalha, mas que provocou a promulgação da nova constituição dois anos depois. Por mais que a inauguração tenha sido feita no dia 9 de julho de 1955, a estrutura só foi terminada em 1970. Galileu queria que o Obelisco representasse internamente um canhão a ser acionado pelo heróis no caso de violação à Constituição novamente. Externamente, representa a lâmina de uma espada que atravessa o coração de São Paulo, acolhendo os filhos mortos em terras paulistas por uma causa tão nobre de evitar a violação dos direitos humanos. A iluminação da cripta que vem do chão ocorre para lembrar o povo de que há uma luz dos mortos que ilumina o povo da terra.

A figura do soldado que está no centro da base do Obelisco é uma estátua em mármore que representa o Soldado Desconhecido descansando sobre um bloco maciço de mármore com os nomes dos quatro primeiros caídos pela Revolução. Embaixo deste bloco está uma bandeira paulista, onde estão os restos mortais dos heróis revolucionários. As duas portas de bronze que cercam a estátua principal estão voltadas para os principais locais onde a revolução aconteceu, uma para a Avenida 23 de Maio, que tem esse nome por ser a data em que os quatro jovens do MMDC foram mortos, e a outra voltada para o Parque Ibirapuera.

No interior do Obelisco, os mosaicos feitos com pastilhas representam cenas bíblicas e passagens históricas brasileiras. A cripta em forma de cruz grega é sustentada por arcos que lembram as tradicionais arcadas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que foi o berço do Movimento de 32. Existem túmulos que contêm os restos mortais de 713 combatentes do movimento MMDC. Também tem uma homenagem especial para o escoteiro Aldo Chioratto que morreu durante a revolução quando estava levando uma mensagem. O movimento escoteiro da região de São Paulo colocou uma mensagem de honra ao escoteiro mirim. O oitavo batalhão de polícia militar e a sociedade dos veteranos de 32 também contam com placas em homenagem e prestígio aos combatentes da revolução.

Além disso, o local conta com o histórico da Revolução de 32 por escrito, os nomes de todas as pessoas que participaram desse fato histórico e objetos que foram utilizados durante esse momento tão importante para a história da cidade de São Paulo. Este que é considerado o maior monumento da cidade de São Paulo pode ser visitado de terça a domingo das 9 horas da manhã até as 17 horas.