Gabriella Figueiredo – 1º semestre
Johnny Negreiros – 2º semestre
Antônio Molina – 3º semestre
CBN, Jovem Pan e Alpha FM são algumas das estações às quais o paulista tem acesso. O rádio como meio de comunicação foi um fenômeno espetacular para a imprensa e até para a humanidade como um todo. Nessa linha de raciocínio, faz-se pertinente abordar a história desse veículo.
O rádio nunca passou de um aparelho esteticamente simples e em formato retangular, mas com uma tecnologia revolucionária à época de lançamento, em meados do século XIX. Ele funciona até hoje por simples dados sonoros, distribuídos através de ondas eletromagnéticas em distintas frequências.
A partir da descoberta da indução magnética, do renomado Michael Faraday, Henrich Hertz, em 1887, desenvolveu o princípio da propagação radiofônica, essencial para o meio de comunicação abordado nesta fotorreportagem. A 1897, em Londres, Guglielmo Marconi funda a primeira companhia de rádio do mundo: Wireless Telegraph and Signal Company, Limited.
Em 1901, o cientista italiano chegou a ganhar o Prêmio Nobel de Física, pelos estudos na área do eletromagnetismo. Curioso que Marconi e o renomado Nikola Tesla tiveram imbróglios judiciais acerca da patente da invenção do rádio. Somente em 1943 a Suprema Corte Americana declarou Tesla o criador do instrumento. As más línguas dizem que a decisão do tribunal foi uma retaliação a Marconi, quem, à época, processava o Governo dos Estados Unidos por uso das próprias patentes na Primeira Guerra Mundial.
Nesse sentido, um nome pouco conhecido, mas consideravelmente relevante, foi o do brasileiro Landell de Moura. O padre foi responsável pela primeira transmissão da voz humana por ondas de rádio. O evento ocorreu em 1901, na cidade de São Paulo, cobrindo um raio de oito quilômetros. Entretanto, por dificuldades de sintonia, o rádio se tornou um veículo de comunicação em massa apenas por volta da década de 1930.
No Brasil, Epitácio Pessoa, na Praia Vermelha (RJ), foi o primeiro a ir ao ar em território nacional, em 1922, em comemoração do centenário da Independência. Desde então, são inúmeros os momentos marcantes no rádio brasileiro. A título de exemplo: a inauguração da Voz do Brasil, em 1935, como instrumento de propaganda de Getúlio Vargas; e a inauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, em 1936.
Menciona-se, ainda, pessoas importantes na história do rádio brasileiro. Afanásio Jazadji. Em 1985, no programa Gente Procurando Gente, pela Rádio Capital de São Paulo, alcançou o recorde mundial na localização de pessoas desaparecidas, ao reaproximar duas primas que se reencontraram após 75 anos. Consequentemente, entrou para o Livro Internacional dos Recordes, o Guinness Book. Já Eli Correia é o criador do bordão “Oiiii, gente!”, passando pelas rádios Tupi, Globo, Record, São Paulo, América. Atualmente, se encontra na Rádio Capital.
No esporte, cita-se aqui, primeiramente, Milton Neves (“maravilhouso”). Tendo trabalhado na Rádio Colombo, na Jovem Pan e na Oscar Monchito, Neves é hoje talvez o nome mais consagrado do Grupo Bandeirantes de Comunicação, com aparições na televisão, na Rádio Bandeirantes e na BandNewsFM. Já Osmar Santos é talvez o maior narrador esportivo brasileiro da história. O criador de inúmeros bordões no âmbito do futebol, infelizmente, sofreu um grave acidente, e, 1994. Desde então, Osmar perdeu grande parte da capacidade de fala e é extremamente difícil que ele vocifere uma única palavra.
Em suma, apesar da popularização de outros meios de comunicação ao longo do tempo, principalmente a TV e a internet, o rádio permanece tendo considerável importância ao redor do globo. Sob tal ótica, cabe recorrer a Freddie Mercury, da banda Queen: “Rádio, quais são as novidades? Alguém ainda te ama”.