Pelo Mundo ESPM – Arquitetura na República

Share

Duda Travalin – 2º semestre

Integrado à estação da República na linha 4-amarela, o distrito de mesmo nome dá acesso a edifícios clássicos que contrastam com prédios modernistas e contemporâneos. A arquitetura da República é sinônimo de sacadas decoradas, arcos nas portas, janelões, pés direitos altos e criatividade.

Localizado na Praça da República, você se depara com a secretaria de educação, o antigo Instituto Caetano de Campos, grande exemplo de arquitetura neoclássica pensado pelo arquiteto Antônio Francisco de Paula Souza Ramos de Azevedo.

O Edifício Itália, percebido já quando sai do metrô, é o segundo prédio mais alto da capital paulista e foi tombado pelo Departamento de Patrimônio Histórico. Projetado por Franz Heep, o prédio conta uma estrutura cilíndrica e quatro mil janelas revestindo sua fachada, chamando atenção de quem passa por perto.

Na avenida Ipiranga, tombados pelo patrimônio histórico, a fachada, a piscina e o jardim do 10º andar do antigo Hotel Hilton agora abriga desembargadores das Câmaras de Direito Público. Foi projetado pelo casal de arquitetos Maria Bardelli e Ermanno Siffredi e inaugurado em outubro de 1971, com o objetivo de ser o primeiro hotel de luxo da cidade de São Paulo.

Fundada em 1925, a Biblioteca Mário de Andrade é a maior biblioteca pública da cidade e a segunda maior biblioteca pública do país, superada, apenas, pela Biblioteca Nacional. Além de homenagear o escritor de mesmo nome, a biblioteca foi projetada por Francisco Matarazzo Neto e Jacques Pilon, encaixando-se com a paisagem urbana característica da República.

Idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer entre os anos de 1952 e 1966, o edifício Copan é o maior complexo habitacional da América Latina e habita 1.160 apartamentos, com plantas de tamanhos e formatos que acompanham as curvas do edifício. Localizado no número 200 da Avenida Ipiranga, o Copan tem, até mesmo, seu próprio CEP. O projeto pensado por Niemeyer carrega uma importante característica do artista: suas curvas que se destacam em meio ao conglomerado de prédios da capital paulistana. “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível… o que me atrai é uma linha curva e sensual”, escreve o arquiteto.

Por último, mas não menos importante, temos o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que, através da divulgação da arquitetura brasileira por meio de concursos, mostras e premiações, é possível celebrar seus trabalhos por toda São Paulo. O edifício IAB-SP exibe os princípios corbusianos da planta livre, estrutura independente e vedação envidraçada das fachadas sul e leste e foi pensado por equipes lideradas por Rino Levi, Miguel Forte e Abelardo de Souza.