ONGs apontam aumento de pessoas em situação de rua na pandemia

Imagem: Reprodução Instagram do Instituto Gas. Thiago Borazanian.

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Gabriel Sanches (1º semestre)

O Brasil ainda sofre as consequências causadas pela pandemia de coronavírus, que, há um ano e meio, atingiu toda a sociedade. Os impactos sanitários e econômicos ainda são percebidos, e as consequências atingem também quem antes já vivia uma realidade crítica: os moradores de rua.

A fim de entender a luta de quem vive ou passou a viver nas ruas e dos que fazem de tudo para ajudá-los, o Portal de Jornalismo entrou em contato com projetos de assistência social que contaram algumas de suas dificuldades desde abril de 2020 até hoje.

A redução das doações e voluntários foi o desafio mais citado. Leila Ferraz, representante do Instituto GAS, comentou sobre os obstáculos enfrentados durante a pandemia: “A redução do número de voluntários, uma vez que fechamos as nossas ações que antes eram abertas ao público, somente para voluntários veteranos e que passam por triagens constantes para garantirmos a segurança do voluntário e da pessoa assistida na rua”. As ações fechadas somente aos voluntários veteranos mostra a preocupação com a questão sanitária, ao mesmo tempo em que deixa claro a dedicação em ajudar mesmo com número reduzido.

Devido à paralisação e à diminuição da circulação de cidadãos nas ruas, a ajuda a essas pessoas tornou-se ainda mais escassa. “Em uma de nossas entregas, atendemos um homem que nos contou que a refeição que estávamos oferecendo era a primeira dele em quatro dias”, disse Leila. A fome estava e sempre esteve presente na vida dos moradores de rua, porém, esta condição extrema, durante a pandemia tornou-se ainda mais crítica.

O recesso econômico durante a pandemia aumentou o número de pessoas na rua, chegando ao ponto de famílias inteiras perderem suas casas. Segundo a ARCAH, além da quantidade de pessoas, houve também uma mudança no perfil das pessoas assistidas. 

Segundo o GAS, são assistidas por eles 1.500 famílias em 14 comunidades diferentes. Assim, evitando que todas essas pessoas tenham de buscar o que comer na rua.

 

Para conhecer o trabalho dos institutos citados no texto, acesse, no instagram, @arcah e @institutogas.