Mural no Museu do Futebol. Foto: Luigi Tadini.
Versão de Julia Peres, baseada no texto “Is Brazil the nation of football?“, de Leo Robelin e Luigi Tadini (Intercambistas – Administração)
“Eu sou, País do futebol, negô, até gringo sambou, tocou Neymar, é gol.” Quando eu era pequena, cresci ouvindo que o Brasil era o país do futebol. O lançamento de “País do Futebol” pelo MC Guimê e Emicida intensificou essa ideia e se tornou parte da trilha sonora da minha infância. O futebol sempre foi muito importante para mim, e, embora ninguém da minha família fosse fanático, todos gostavam do esporte. Acho que é algo que vem de dentro de mim. Nasci em 2006, ano da Copa do Mundo, e desde então acompanhei todas as edições, começando em 2010. Assim, me tornei uma grande torcedora e amante do futebol, acompanhando tanto meu time quanto a seleção brasileira.
Acredito que o futebol está profundamente enraizado na cultura de todo brasileiro, desde pequeno. Em bairros, nas ruas, nas peladas de final de semana, toda criança tem o sonho de ser jogador de futebol. Sempre ouvi histórias dos meus pais e avós sobre a seleção de craques como Pelé, Romário, Ronaldinho, Ronaldo Fenômeno, a única seleção pentacampeã, que participou de todas as edições da Copa do Mundo. A partir disso, só sonho com o tão esperado hexa, mas, até o momento, vivenciei apenas algumas frustrações.
Por carregar esse grande título, que é realmente verdadeiro, os olhos do mundo estão sempre voltados para o Brasil, esperando uma boa atuação dos seus craques e o surgimento de novos talentos. Porém, hoje em dia, essa grande seleção já não está mais tão em alta. O tão sonhado hexa parece a cada dia mais distante. A cada nova atuação da seleção, surgem mais frustrações. Os craques já não são mais os mesmos, surgiram outros grandes nomes e a seleção está passando por uma reestruturação. Neste exato momento, enquanto escrevo esse texto, a seleção brasileira tem apresentado resultados ruins, o que é um pouco decepcionante para o “país do futebol”, para a população que tem tanto amor pela camisa verde e amarela e para o país que para tudo para ver seu futebol. Hoje em dia, as crianças, garotos e garotas que sonham com essa camisa e que não puderam vivenciar o auge da seleção sentem-se frustrados.
Porém, esse momento difícil não apaga o amor que nós brasileiros sentimos pelo futebol e pela camisa da seleção. Sempre há esperança no hexa, e, apesar das dificuldades atuais, a paixão pelo esporte continua viva no coração dos torcedores. O futebol segue sendo um dos esportes mais assistidos no país, e o sonho de inúmeras crianças persiste, mesmo diante de tempos difíceis para a seleção. O mesmo vale para os adultos que viveram o auge da seleção e agora aguardam ansiosos pelo retorno daquela época de glórias.
Acredito que o Brasil continua sendo o país do futebol, e sempre será. Mesmo enfrentando uma fase difícil, o Brasil carrega isso em sua cultura e na paixão de seus torcedores. E tenho certeza de que nossos olhos brilharão novamente com essa seleção. Afinal, somos o único país pentacampeão do mundo.