O SESC Pinheiros, em São Paulo, apresenta, pelos próximos três meses, uma exposição de fotos do fotógrafo Emídio Luisi, que aborda a primeira imigração italiana no país. Em entrevista, Emídio Luisi conta muitas coisas sobre sua exposição.
Emídio comenta que na época de 1930 a imigração italiana se intensificou no país por algumas razões: a primeira delas foi a crise que a Itália enfrentava. Por conta dela, o volume de desemprego se intensificou e muitas famílias ficaram sem ter como se sustentar. A outra foi o incentivo realizado por Getúlio Vargas para atrair os imigrantes para o Brasil, prometendo-lhes moradia, emprego, boas condições e salário. Mas, quando desembarcaram no país, nada do prometido foi cumprido – por isso, os imigrantes acabaram sendo submetidos ao trabalho agricultor.
Como a região sul do Brasil tem um clima muito semelhante ao europeu, as famílias italianas se instalaram principalmente entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que são muito ilustrados nas fotografias de Luisi. Nessa região, os italianos buscaram uma agricultura voltada principalmente para a plantação de uvas para a produção de vinho, mas também havia aqueles que visavam a uma agricultura mais familiar com a produção de pães.
A exposição, que, para Luisi, é fundamental para ilustrar ao público a simplicidade do povo italiano, levou dez anos para ser finalizada. Sua maior intenção, ao ilustrar as fotos, é causar emoção em todos aqueles que admirarem sua exposição.
O fotógrafo ainda se utiliza de comparações entre as regiões de presença italiana, ilustrando, em suas imagens, as diferenças na arquitetura e nos fins em que a produção é destinada. Em São Paulo, era de caráter comercial muito expressivo; já no sul, era mais focada para a cultura italiana propriamente dita.
Diego de Almeida Pinheiro (1 º semestre)
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Parabéns Diego por abordar um tema tão interessante e marcante para nossa cultura, que é a miscigenação. Boa sorte em seu trabalho e estudos! Beijos…