O sol de rachar não impediu que mais de 70 mil pessoas comparecessem ao Memorial da América Latina no último domingo (20), para apreciar as tantas cores e sabores das cervejas artesanais. Das belgas envelhecidas em barris de carvalho às amargas, secas e com aromas cítricos, todas ganharam a cena no festival. Seja para acompanhar um petisco, seja para se divertir com os amigos, elas têm conquistado seu espaço no mercado e ganhado o coração dos apaixonados por degustação.
Qual a diferença?
O somelier de cervejas Germano Pavlu, presente no evento, esclareceu a diferença entre as bebidas artesanais e as industrializadas: “Todo encanto começa na fabricação. Sem conservantes, elas são produzidas única e simplismente de malte, cevada, lúpulo e leveduras.”
Pavlu , que produz na sua própria casa, explicou que o tempo de fermentação e maturação da cerveja artesanal é bem maior que o das tradicionais. “As fábricas são menores e produzem no máximo 50 mil litros por mês – para se ter uma ideia, uma empresa de cerveja industrial produz essa mesma quantidade por dia”, afirma.
Os produtores artesanais levam muito em consideração o sabor e aroma da preferência do consumidor. Assim, a produção deixa de ser massificada e abre espaço para novos paladares. Até mesmo a garrafa e o rótulo ganham atenção diferenciada para conquistar os cervejeiros de plantão, segundo o cervejeiro.
Segundo um dos organizadores do evento, Wesley Carvalho, o evento buscou “fomentar a economia criativa do país, dando visibilidade a esses pequenos produtores. ” Confirmou ainda que pretendem realizar mais três ou quatro deles ao longo de 2016.
Por Júlia Ciríaco (3o semestre)