Maria Travalin – 2º semestre
A inauguração da exposição “Sr. Stencil”, realizada dia 10 na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí-SP, reuniu artistas renomados do street art para promover um encontro de gerações e discutir a evolução de novas técnicas. A exibição ficará em cartaz até 8 de setembro.
O stencil é uma técnica que utiliza moldes vazados feitos de papelão ou papel, as chamadas máscaras, para reproduzir imagens e símbolos em quaisquer superfícies, de modo que facilite tanto a produção do trabalho artístico quanto a leitura dessas obras.
Segundo Celso Gitahy, um dos precursores do grafite no Brasil, o stencil “é uma arte genuinamente democrática. Ela está ao alcance de todos porque está na rua, tem essa função de desburocratizar a arte”.
A mostra iniciou com uma palestra sobre a história do stencil e a apresentação de cada artista, seus processos criativos e as obras que seriam expostas. Grandes nomes como Ozéas ‘Ozi’ Duarte, Simone Siss e Lou ‘AC’ Dedubiani, contemporâneos do grafiteiro Alex Vallauri, foram prestigiados por amigos, familiares, colecionadores de arte e, também, fãs do street art.
Kátia Lombardo, fotojornalista e expositora no evento, fala sobre o papel da imediatez do street art na comunicação dessa técnica: “O stencil e toda forma de arte urbana são importantes para o espaço político, porque é uma arte que é imediata. O grafite é político já pelo nascimento dele, com o hip-hop”, comenta.
As máscaras foram altamente popularizadas por Alex Vallauri, que trouxe o movimento ao Brasil durante a década de 1970, na cidade de São Paulo. Influenciado pelo pop art, Vallauri escrevia protestos e reivindicações em muros e prédios paulistanos, por meio de pichações, e acabou desenvolvendo a primeira escola de grafite brasileira, a Escola Vallauriana.
Serviço:
Data: 10 de agosto a 8 de setembro
Local: Pinacoteca Diógenes Duarte Paes
Endereço: Rua Barão de Jundiaí, 109 – Centro – Jundiaí, SP
Entrada gratuita
Redes sociais – @a5artesvisuaisestreetartists