ESPM-SP recebe ONU e Cáritas em debate sobre Direitos Humanos

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Nesta quarta-feira, 30 de abril, a ESPM-SP contou com a presença de Giancarlo Suma, diretor do centro de informação da ONU e Larissa Leite, responsável pelo setor externo da organização Cáritas, para um debate sobre direitos humanos e a situação dos refugiados no Brasil. O evento também contou com a exibição de parte do documentário Sérgio Vieira de Mello – um brasileiro a serviço da paz, produzido pelos alunos de jornalismo da ESPM-SP, que trata do diplomata brasileiro morto em missão de paz.

Larissa contou um pouco da origem da Cáritas, do trabalho da organização e da situação atual dos refugiados no Brasil. A representante também discutiu a situação dos haitianos no país e a posição do Brasil a esse respeito. “Nem as nações Unidas, nem o governo brasileiro reconhecem os haitianos como refugiados. Existe uma discussão para que os haitianos sejam vistos de outra maneira. O problema é que a situação não é vista como uma grave violação dos direitos humanos, que os caracterizaria como refugiados”, comentou.

Já Giancarlo Suma fez um breve panorama da sua carreira e falou do seu trabalho para a organização das nações unidas e sua posição em relação aos refugiados. O diretor também comentou a dificuldade da ONU de agir em algumas ocasiões como na situação de conflito entre Israel e Palestina, até hoje sem solução.

Por último, Larissa comentou o papel da Cáritas no período da ditadura militar, que ainda não tinha esse nome e foi criada como uma resposta da Igreja Católica à operação Condor, conhecida inicialmente como Operação Clamor, mais tarde chamada de Cáritas.

Outras organizações

Além da Cáritas e do conselho dos Direitos Humanos da ONU, existem outras fundações responsáveis por projetos relacionados a esse assunto. São elas o Instituto Vladimir Herzog, fundado em 2009 e hoje coordenado por Ivo Herzog, filho do jornalista que dá nome a instituição e o Fundo Brasil de Direitos Humanos.

A primeira é responsável pela criação de programas como o Prêmio Vladimir Herzog para jornalistas e o prêmio Jovem Jornalistas, concedidos a jornalistas que realizam matérias em defesa aos direitos humanos. Outro projeto importante e o programa Vlado Educação, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, voltado para a educação e direitos humanos. Nele, são criados projetos que serão aplicados nas escolas desde o ensino infantil até o fundamental.

Já o Fundo Brasil de Direitos Humanos foi criado com o objetivo de contribuir para a promoção e defesa dos direitos humanos. Entre os projetos apoiados pela instituição, encontram-se a Central de Notícias dos Direitos da Infância e da Adolescência, com o objetivo de criar ações de comunicação para denunciar a exploração sexual de crianças e adolescentes durante a Copa, e o Instituo de Desenvolvimento de Ações Sociais na Bahia, que pretende defender o direito à moradia, de comunidades do centro de Salvador.

Letícia Teixeira (1 semestre)