Cecilia Vicuña apresenta sua exposição de arte pela primeira vez na Pinacoteca Contemporânea

Exposição de Arte da artista chilena Cecilia Vicuña na Pinacoteca Contemporânea, em São Paulo. O nome da exposição é Sonhar a Água: Uma Retrospectiva do Futuro. A imagem representa a arte do pano esrito Palabrarma. Palabrarma é a junção de ''palavra'' com ''arma'', o que faz alusão a um livro que ela escreveu após o golpe do general Augusto Pinochet no Chile. Foto: Felipe Giordano

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Felipe Giordano (2° semestre)

A Pinacoteca Contemporânea, localizada na Luz, em São Paulo, apresenta uma exposição de arte da poeta, artista visual e ativista feminista chilena Cecilia Vicuña, chamada “Sonhar a água – Uma retrospectiva do futuro (1964 – …)”. A artista tem como propósito na sua produção, a volta para seu país de origem e para outros países, principalmente na região dos Andes, e estabelecer a relação entre arte e questões políticas e sociais, como as lutas feministas e os assuntos relacionados aos direitos indígenas.

Vicuña mostra que a arte consegue mudar a consciência das pessoas, transformando-as em indivíduos melhores com outras perspectivas, resultando em alterações positivas para a sociedade. A partir disso, é possível observar que as obras presentes na exposição afirmam o que ela defende, uma vez que destaca a recuperação da alegria e do convívio social. Além desses propósitos, Cecilia defende as causas ambientais, como a desertificação da terra e o derretimento das geleiras.

A artista tem como forma de representação nas suas obras as práticas antigas das civilizações andinas, uma vez que ela conviveu com alguns povos originários dessa região. Com isso, ela utilizou o conceito antigo do quipu, que são cordas com nós usados pela cultura andina para comunicação, contagem e registro, para fazer uma das obras mais famosas dela chamada Quipu Menstrual. Feita por 28 fios de lã com cor de sangue, a obra simboliza o ciclo menstrual e a experiência feminina. A obra propõe a reflexão entre o passado, o presente, a invisibilidade do corpo feminino e a resistência cultural.

Outras obras que são marcas registradas da artista chilena são as obras escrito “Palabrarma”, que é um trocadilho com “palavra” e “arma” e significa que as palavras podem ser utilizadas como uma maneira de agressão e opressão, assim como uma maneira de libertação, transformação e criação. Com isso, ela utiliza a ideia de que as palavras podem mudar a realidade de uma sociedade, visto que não é utilizada apenas para a comunicação.

 

Localizado: Estação da Luz, Parque Jardim da Luz na Av. Tiradentes, 273.

Horário de funcionamento: fechado às terças; das 10h às 18h (entrada até as 17h) de quarta-feira a segunda-feira.

Ingressos: Inteira- R$ 30,00; Meia- R$ 15,00 (deverá apresentar o comprovante); Ingresso online- valor do ingresso + R$ 2,00 de taxas; ingressos gratuitos aos sábados.

 

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– Site: https://pinacoteca.org.br/ e https://pinacoteca.org.br/edificio-pina-contemporanea/