“Beijo é affectus, expressão universal de proximidade física e êxtase psicológico. Todas as culturas possuem esse affectus”, argumenta Eduardo Oyakawa, formado em sociologia pela PUC-SP e filosofia pela USP e professor de filosofia e lógica da argumentação na ESPM-SP. “Ele só se tornou um cumprimento habitual no nosso mundo”, complementa. Para além da função afetiva, o beijo também começou a ser utilizado como forma de protesto contra práticas de discriminação.
Desde que assumiu o posto de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) tem gerado polêmica por sofrer acusações de homofobia e racismo e, mesmo assim, permanecer à frente do cargo.
Em resposta, uma das manifestações mais comuns é o movimento de beijos dirigidos a Feliciano – diversos indivíduos se reúnem para beijar outros do mesmo gênero.
Algumas personalidades já aderiram à causa – entre elas, os atores Fernanda Montenegro e Bruno Gagliasso. A Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel) chegou a realizar, no dia 24 de abril, em frente ao gramado do Congresso Nacional, em Brasília, um “beijaço” que reuniu homossexuais e simpatizantes da causa LGBT.
“Marco Feliciano é um pastor fundamentalista, racista, machista e homofóbico. Não há como alguém presidir uma comissão de Direitos Humanos sendo um violador desses mesmos direitos”, afirma Vítor Gregório, um dos jovens da Anel que participaram do “beijaço” em Brasília. “Ele representa o que há de mais conservador e reacionário, pois não só nega os direitos dos LGBT como questiona os direitos já conquistados. Pautas como a homossexualidade não ser mais considerada doença, a realização do casamento civil homoafetivo em todos os Estados do País e a lei estadual 10.948/01 são resultado do ativismo”, complementa.
Outra forma de expressão do movimento que apareceu com bastante força, a ponto de se tornar viral no Facebook, foi a intervenção do cartunista Laerte Coutinho, que publicou no jornal Folha de S. Paulo um “beijaço” contra o pastor e acabou ganhando uma fanpage, no site, conhecida como “Beijaço no Laerte”. A ideia básica é criar um desenho em forma de charge de uma figura beijando o cartunista, ilustrando o beijo, novamente, como forma de protesto.
“Continuaremos lutando pela criminalização da homofobia. Faremos quantos beijaços e protestos forem necessários para derrubar Marco Feliciano e outros políticos homofóbicos”, afirma Vítor Gregório.
Guilherme Machado (1º semestre)
1 Comment
ISSO TUDO É MAIS QUE RIDÍULO! É UMA POUCA VERGONHA, UMA SAFADEZA, TAMANHA IMORALIDADE E VULGARIDADE!!! QUE POVINHO RALÉ ÊSSES ARTISTAS QUE AMA ESSAS COISAS NOJENTAS, QUE TAL SEUS IMORAIS VCS PROCURAREM CUIDAR UM POUCO MAIS DE SUAS FAMÍLIAS; A QUE DEUS PROJETOU, É CLARO! UM ABRAÇO..
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