O VI Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) será realizado entre os dias 30 de junho e 2 de julho deste ano na Universidade Anhembi Morumbi, campus Vila Olímpia.
O Congresso contará com palestras e workshops direcionados à área investigativa do jornalismo, mas seu eixo principal estará voltado ao jornalismo on-line. Serão discutidos temas como crime organizado, política, megaeventos esportivos, fundamentos da reportagem, técnicas de RAC (Reportagem com Auxílio do Computador) entre outros.
“A participação de estudantes de jornalismo egressos do Projeto Repórter do Futuro, da Oboré [Projetos Especiais em Comunicações e Arte], na cobertura organizada das palestras do Congresso faz parte da contribuição da Abraji na formação educacional desses jovens”, diz Guilherme Alpendre, um dos organizadores do evento.
Para se inscrever, basta acessar o site da Abraji ou na hora do evento, porém, as vagas são limitadas. De acordo com Alpendre, são esperadas 600 pessoas no Congresso, além de “cerca de 30 estudantes de jornalismo cobrindo o evento, mais 40 estudantes trabalhando como voluntários, em torno de 10 profissionais atuando na organização e 100 palestrantes.”
O roteiro de palestras e workshops pode ser realizado no ato da inscrição. Os preços variam, de acordo com a data de inscrição, vínculo com o jornalismo e se a pessoa é ou não sócia da Abraji.
Como surgiu
A Abraji foi criada em 2002, por jornalistas que desejavam se manter atualizados, enquanto trocavam informações e experiências, além de dicas sobre reportagens.
Em dezembro de 2002, em um seminário sobre jornalismo investigativo, organizado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, um grupo de brasileiros resolve criar uma organização especializada em jornalismo investigativo: “Ao final do encontro, os participantes decidiram criar no Brasil uma instituição parecida com a IRE (Investigative Reporters & Editors), dos Estados Unidos, ou o Centro de Periodismo de Investigación, de profissionais mexicanos”, relata Alpendre. Nasceu então a Abraji, que seria responsável por organizar congressos, seminários e oficinas com o objetivo de promover o aperfeiçoamento profissional dos jornalistas interessados no tema ‘investigação’. “Os primeiros passos da Abraji se deram por meio de uma troca de e-mails entre um grupo de 45 jornalistas de várias redações de diversas cidades”, lembra Alpendre.
Para a Abraji, que não tem fins lucrativos e é mantida pelos próprios jornalistas, jornalismo investigativo é divulgar “informações bem apuradas e com todos os lados ouvidos.” A instituição também conta com o dinheiro vindo de associações: “a Abraji mantém a lista de discussão para sócios, para a qual envia diariamente uma dica de leitura ou de fonte de informação on-line”, completa Alpendre. Para se associar, basta acessar o site da Abraji e clicar no link Filie-se agora .
Mariana Consolmagno (1º semestre)